RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – As gravações de “Homem com H” terminaram e Ney Matogrosso, 82, está ansioso com o lançamento de sua cinebiografia, sob direção de Esmir Filho, ainda sem previsão de estreia. O cantor, que foi três vezes ao set de filmagens, classifica como “interessante” ver o processo de produção do longa e destaca a escolha do elenco.
“O Jesuíta (Barbosa) parece comigo, o Cazuza parece o Cazuza, o Marco é igual ao Marco e meu pai também é muito parecido”, diz Ney sobre Jullio Reis, que interpretou o filho de Lucinha Araújo e um de seus grandes amores. Já Bruno Montaleone deu vida a Marco de Maria, seu último companheiro e o único com quem conviveu na mesma casa por 13 anos.
E foi uma das cenas de Montaleone no filme, que o fez desabar durante as gravações: “Era eu chegando na minha casa com o Marco, que já estava doente. Eu dizia a ele que não entendia porquê meu exame de DNA tinha dado negativo. Então, ele me perguntava se eu ia ficar com ele mesmo ‘magro, feio, com cabelo caindo, manchas pelo corpo’. Eu respondia: ‘Claro!'”, relembra em entrevista ao Globo.
Ney, que é conhecido por ser uma pessoa que não se emociona facilmente, prossegue com o relato: “Os atores foram tão convincentes que tive uma coisa assim… eu perdi o controle. Não é que comecei a chorar, as lágrimas pulavam do meu olho e eu não tinha controle sobre aquilo. Fiquei com muita vergonha”, observa o cantor.
Ele também relembrou as loucuras do início de carreira, nos anos 1970: “Vivia na esbórnia, na mão de quem chegasse primeiro, homem, mulher… Adorava aquilo. Nos anos 1970, eu olhava aquela gente do palco e tinha vontade de transar com todo mundo”, diz Ney que afirma ter uma vida sexual ativa. “Esse é o normal. As pessoas botaram na cabeça que, com essa idade, não pode. Pode, sim!”.
Para fechar, ele falou também sobre o nude vazado em 2021. Um registro que jura ter vazado por acidente. “Era para um lugar e foi para outro. Simples assim.”
Redação / Folhapress