SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Policiais civis de Rio Negro (MS) prenderam ontem um homem de 44 anos que perseguia e assediava mulheres, com registros de crimes semelhantes pelo menos desde 2006, e com evidências de que ele invadia casas na cidade para espiar as vítimas.
A investigação avançou após uma das vítimas prestar queixa relatando ser perseguida pelo homem havia pelo menos um ano. A polícia aprofundou as investigações a partir do depoimento dela.
Segundo a mulher, a situação se agravou quando ela encontrou o homem forçando a porta de sua casa.
Com a repercussão do caso, outra vítima foi à delegacia e afirmou que o homem a perseguiu com uma faca e a assediou na saída do trabalho, passando a mão em seu corpo.
Imagens de câmera de segurança flagraram o momento em que ele levanta para persegui-la, segundo apurado pelos investigadores, na noite de 28 de setembro.
O homem chegou a ir à porta da casa desta vítima, mas fugiu após uma testemunha gritar, disse a polícia.
A polícia identificou o homem e constatou histórico de crimes de importunação desde 2006. Nos registros policiais, o homem já havia sido preso por invadir a casa de uma mulher apenas de cueca pela porta dos fundos.
Após a prisão preventiva, autorizada pela Justiça, foram encontradas com o homem uma faca e uma arma modelo garrucha de calibre 22.
Ele responderá pelo crime de importunação sexual, com penas de 1 a 5 anos de reclusão, por perseguição (ou stalking), com pena de 6 meses a 2 anos de reclusão, com aumento da metade em razão da condição de sexo feminino, além de posse irregular de arma de fogo, com pena de 1 a 3 anos.
A reportagem busca contato com a defesa do homem e atualizará a matéria caso haja atualizações.
SAIBA COMO PROCURAR AJUDA
O Ligue 190 é o número de emergência indicado para quem estiver presenciando uma situação de agressão.
A Polícia Militar poderá agir imediatamente e levar o agressor a uma delegacia. Também é possível pedir ajuda e se informar pelo número 180, do governo federal, criado para mulheres que estão passando por situações de violência. A Central de Atendimento à Mulher funciona em todo o país e também no exterior, 24 horas por dia. A ligação é gratuita.
O Ligue 180 recebe denúncias, dá orientação de especialistas e encaminhamento para serviços de proteção e auxílio psicológico. Também é possível acionar esse serviço pelo WhatsApp. Nesse caso, acesse o (61) 99656-5008.
Redação / Folhapress