No RS, 1.810 pessoas seguem em abrigos públicos 6 meses após enchentes

CURITIBA, PR (FOLHAPRESS) – Quase seis meses após as enchentes que devastaram regiões do Rio Grande do Sul, 1.810 pessoas continuam desabrigadas no estado, de acordo com monitoramento feito pela Sedes (Secretaria de Desenvolvimento Social), do governo gaúcho.

Elas estão em 40 abrigos públicos que ainda funcionam em 23 cidades. Quase a metade (48,78%) das pessoas desabrigadas está na região metropolitana da capital Porto Alegre, . E 25,86% estão na área do Vale do Taquari.

A cidade de Canoas, a quase 20 quilômetros da capital Porto Alegre, tem o maior número de pessoas desabrigadas. São 501 pessoas (27,68% do total de desabrigados no estado) em dois abrigos públicos. Em seguida, estão as cidades de Porto Alegre (359 pessoas) e Encantado (232 pessoas).

Em 12 de maio, no auge da tragédia, o número de desabrigados chegou a 78.724 pessoas. Um mês depois, o número caiu para 12.201 pessoas. De lá para cá, o número de vítimas nos abrigos públicos segue diminuindo.

A Sedes, contudo, afirma que não há uma previsão de quando será possível desativar os espaços. Além disso, não há um monitoramento hoje sobre o número de pessoas que seguem desalojadas, ou seja, que precisaram migrar para casas de amigos ou parentes por causa das enchentes.

De 500 casas temporárias previstas, 144 foram entregues pelo governo estadual. Outras 422 casas definitivas também estão previstas, segundo o governo gaúcho.

Sobre a ajuda financeira às famílias desabrigadas, o governo estadual cita R$ 400 milhões na área social.

Segundo a Sedes, quase 90 mil famílias receberam uma parcela única de R$ 2.500. São desabrigados ou desalojados em pobreza e pobreza extrema inscritos no Cadastro Único (CadÚnico) e em municípios atingidos pelos eventos climáticos. Segundo a pasta, ainda há previsão de novos pagamentos.

Em uma parceria com prefeituras, o governo gaúcho também fez a transferência de outros R$ 2.400 por família ao longo de seis meses. O dinheiro, segundo a Sedes, chegou a 8.345 famílias em 52 cidades.

“Está em tramitação administrativa a segunda parcela referente a mais seis meses para os municípios que aderiram”, informou a Sedes, nesta terça-feira (29).

CATARINA SCORTECCI / Folhapress

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