Por Camilo Mota, Novabrasil SP
Após 7 anos de pesquisas com poucos resultados positivos, novo teste possibilita o diagnóstico da doença de Alzheimer a partir da coleta de sangue de pacientes.
O exame que detecta o acúmulo das Proteínas beta-amiloide e Tau fosforilada no cérebro, que indicam a presença da doença, foi lançado nos Estados Unidos em agosto e há um mês já está disponível no Brasil.
De acordo com o Dr. Aurélio Pimenta Dutra, neurologista do Fleury Medicina e Saúde, em entrevista ao ‘Jornal Novabrasil’ nesta manhã, que a precisão do exame é de cerca de 90%.
“A evolução [da doença] é muito individualizada, mas sabemos as fases em que a doença pode acontecer. Na inicial, as pessoas podem até não ter prejuízo cognitivo. Evolui depois para uma fase pré-clínica, quando memória e algumas funções podem ser afetas e a fase avançada, quando há demência”, afirmou Dutra.
Antes do exame, a doença poderia ser diagnosticada através da análise de imagens PET-amiloide cerebral, mas que expõe pacientes à radiação.
Dutra ainda afirmou que “o comprometimento cognitivo ou a perda de alguma função cognitiva pode direcionar na investigação da possibilidade da doença de Alzheimer”. Ou seja, o diagnóstico é possível precocemente, quando ainda é possível impedir a chegada a quadros de comprometimento avançado da memória e até demência.
Confira entrevista abaixo: