SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Mais seis mortes foram confirmadas pelo governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), nesta quarta-feira (6). Com isso, subiu para 27 o número de óbitos causados pelas fortes chuvas no sul do país, intensificadas pela passagem do ciclone extratropical sobre o Atlântico.
Os óbitos foram registrados na cidade de Roca Sales, no Vale do Itaguari. A região, formada por 40 municípios na porção central do estado, foi inundada pela cheia do rio Taquari e é a área mais afetada no estado.
Procurada, a Defesa Civil do estado ainda não confirmou as novas mortes. O governador publicou a informação em uma rede social na manhã desta quarta. “Lamentamos cada vida perdida e estamos trabalhando para fazer todos os resgates possíveis nas regiões mais atingidas. Milhares de pessoas já foram salvas por nossas equipes”, escreveu Leite.
Na mesma publicação, o governador anunciou que as ações de resgate vão se estender para o Vale do Rio Pardo e terão apoio de aeronaves da Polícia Rodoviária Federal, da Força Aérea Brasileira e da Marinha, além de helicópteros do Corpo de Bombeiros estadual.
Conforme balanço divulgado pela Defesa Civil do estado no final da tarde desta terça, há no estado 1.650 desabrigados, 2.984 desalojados, 309 residências destelhadas e três casas destruídas. São 66 municípios afetados, somando uma população de 2,7 milhões de pessoas. As regiões mais afetadas estão entre o centro e a metade norte do Rio Grande do Sul, onde ficam os vales.
Na manhã desta terça, cidades do Vale do Taquari já estavam debaixo d’água, e famílias tiveram que subir nos telhados para escapar da inundação.
Em Roca Sales, uma mulher e um bebê foram resgatados içados por um helicóptero da Polícia Rodoviária Federal.
Ainda no Vale do Taquari, seis pessoas de uma mesma família foram resgatadas de helicóptero pelo telhado da residência, que fica na zona rural do município de Arroio do Meio. A casa foi completamente invadida pela água.
Em Encantado (RS), a Defesa Civil fez um apelo para a mobilização de proprietários de barcos e de motocicletas aquáticas para a retirada de pessoas ilhadas. Também foram feitos pedidos de doação de colchões, cobertores, travesseiros e roupas.
Redação / Folhapress