SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), chamou o candidato do PRTB, Pablo Marçal, de débil mental neste domingo (25), após participar de um culto evangélico em São Miguel Paulista, na zona leste da capital paulista.
Questionado se ele ficou ofendido por ter sido chamado de comunista por Marçal, Nunes disse que muito.
“Ele é um débil mental, precisa se tratar. Joga isso no ar para confundir a cabeça das pessoas”, disse o prefeito, ainda na igreja Brasil para Cristo.
“Isso é desonestidade, mas pessoas vão percebendo a forma como ele age. Querendo plantar mentiras, e a verdade vai prevalecer.”
A expressão “débil mental”, antes usada para se referir a pessoas com deficiência intelectual, tem o uso não recomendado por diversos manuais e guias sobre o tema, em razão de seu caráter pejorativo.
Pouco antes, o prefeito havia lamentado a postura de Marçal na campanha.
“Não somos inimigos, somos concorrentes. A agressão é sempre ruim, e a população vai expurgando isso.”
Nunes também voltou a dizer, ao comentar a decisão judicial que manda suspender as contas de Marçal nas redes sociais usadas para monetização, que não pode “concordar com a censura em nenhuma situação”.
“Agora, as regras precisam ser iguais. Se pode fazer cortes, impulsionar, tem que valer para todos”, disse o prefeito.
Pressionado pelos rivais Guilherme Boulos (PSOL) e o próprio Marçal, Nunes sinalizou que a sua campanha deverá contar com mais participações do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Além de irem até a Ceagesp (Companhia Geral de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo), Nunes deverá gravar vídeos ao lado de Bolsonaro para o horário eleitoral na televisão.
“Terá uma gravação no Campo de Marte, porque resolvemos a dívida da cidade com o governo federal [na gestão Bolsonaro] e a ganhamos um parque”, disse o emedebista.
“Vai ter outras agendas com Tarcísio [de Freitas, governador] em obras em parceria com governo do estado e provenientes do governo federal, para mostrarmos que desde 2021 temos uma relação republicana.”
Nunes, inclusive, voltou a sinalizar que poderá participar de um ato ao lado de Bolsonaro no dia 7 de setembro –uma manifestação convocada por bolsonaristas contra o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.
“Vamos ter os eventos da prefeitura, a minha prioridade. Vou ver se consigo participar em algum espaço de tempo. Devo ajustar algum horário com o Tarcísio”, afirmou Nunes.
CARLOS PETROCILO / Folhapress