SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A nova pesquisa do Datafolha sobre a sucessão municipal paulistana mostra vantagem do prefeito Ricardo Nunes (MDB) na simulação de segundo turno sobre seus dois principais adversários até aqui, Guilherme Boulos (PSOL) e Pablo Marçal (PRTB).
O emedebista, empatado com o deputado psolista na corrida, teria hoje 52% ante 37% de Boulos num tira-teima. Há uma semana, a diferença era de 53% a 38%. A margem de erro é de três pontos para mais ou para menos.
O prefeito herdaria hoje mais apoio de eleitores de Marçal, com 65% deles o apoiando. Já os que votam em Tabata no primeiro turno se dividem: 44% iriam de Boulos e 42%, com o emedebista. O eleitorado de Datena ficaria 50% com Nunes e 36%, com o deputado.
Já Marçal seria derrotado numa segunda rodada com o prefeito por 60% a 25%, ante 59% a 27% da semana passada. Aqui, 66% dos eleitores de Boulos iriam para Nunes, assim como 68% dos de Tabata e 73%, daqueles que querem Datena -que jogou sua cadeira contra o dito ex-coach no debate da TV Cultura, no domingo (15).
Nos turbulentos dias entre os levantamentos, Nunes esteve no centro de uma violenta altercação com o influenciador no debate de terça (17), promovido pela Rede TV! e pelo UOL. Nele, ambos se acusaram por crimes aos berros, obrigando a uma interrupção momentânea do encontro.
O prefeito também bateu de frente com Boulos, com pesadas trocas de acusações. Na propaganda eleitoral, contudo, é o psolista que atira mais contra Nunes, ciente da necessidade de elevar a rejeição ao adversário, hoje em baixos 21%, em grupos como o das mulheres (53% da amostra). Até aqui, o prefeito tem o mesmo nível de intenção de voto que o deputado entre elas.
Esta é a tática possível a Boulos, dono de uma rejeição já bem grande (38%), para o eventual segundo turno com Nunes, quando o horário eleitoral gratuito é dividido igualmente e, ao fim, quem for menos rejeitado tem mais chance de vencer.
Na hipótese de seu rival na segunda rodada ser Marçal, que diminui desde a semana passada, Boulos seria mais bem sucedido: 50% a 36%, número que era de 47% a 38% no levantamento anterior.
O deputado teria muito mais voto do eleitor de Tabata (66%) e de Datena (59%). Já a fatia de Nunes se divide: 41% iriam de Marçal e 38%, de Boulos.
O Datafolha ouviu 1.204 pessoas com 16 anos ou mais dos dias 17 a 19 de setembro. A pesquisa, contratada pela Folha e pela TV Globo, está registrada com o código SP-03842/2024 no Tribunal Superior Eleitoral. O nível de confiança é de 95%.
IGOR GIELOW / Folhapress