Nunes tem folga entre evangélicos e mais pobres no 2º turno contra Boulos, aponta Datafolha

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O prefeito Ricardo Nunes (MDB) fica à frente de Guilherme Boulos (PSOL) na maioria dos segmentos da mais recente pesquisa Datafolha de intenção de voto em segundo turno à Prefeitura de São Paulo.

As vantagens do atual ocupante do Edifício Matarazzo são maiores entre os evangélicos, os homens e aquelas pessoas com menor renda, repetindo desempenho nas intenções de voto estimuladas em primeiro turno.

Boulos, por outro lado, não lidera em nenhum grupo do eleitorado. Ele está numericamente à frente entre quem tem maior renda e empata entre as pessoas negras e entre as mulheres.

No cômputo geral, se houvesse um segundo turno na eleição paulistana com o chefe do Executivo municipal e o congressista, Nunes bateria o deputado federal por 49% a 36%.

A pesquisa foi realizada entre terça-feira (6) e quarta-feira (7) com 1.092 eleitores de São Paulo, contratada pela Folha de S.Paulo e registrada na Justiça Eleitoral sob o número SP-03279/2024. A margem de erro nos dados globais é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

Cada segmento possui uma margem de erro específica, o que é importante para definir se um dos pré-candidatos está na frente ou está empatado tecnicamente.

Veja o resultado da pesquisa Datafolha de intenção de voto em segundo turno à Prefeitura de São Paulo por cada segmento:

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POR RELIGIÃO

Assim como na intenção de voto em primeiro turno, Nunes lidera isoladamente entre os evangélicos. Ele possui 57% das intenções de voto em agosto, ante 25% de Boulos. Em julho, a diferença era numericamente menor, de 55% a 30%.

A atual diferença é de 32 pontos. Se pensarmos no limite máximo da margem de erro do deputado federal (31%) e o mínimo da margem do prefeito (51%), a distância seria de 20 pontos.

Entre os católicos, o emedebista também lidera, apesar da vantagem menor. São 52% deste grupo que declaram voto em Nunes, e 35% que dizem escolher Boulos. A diferença é de 17 pontos percentuais.

A margem de erro entre católicos é de cinco pontos percentuais para mais ou para menos, e entre evangélicos é de seis pontos.

POR RENDA

Na divisão por renda, o atual prefeito aparece com vantagem entre quem recebe até dois salários mínimos.

Essa diferença diminui no grupo intermediário, entre dois e cinco mínimos, e vira um empate técnico entre os mais ricos, com mais de cinco salários, com Boulos numericamente à frente.

Entre os mais pobres, Nunes chega a 52%, contra 33% de Boulos, com 19 pontos de vantagem. Já na faixa intermediária, são 49% do atual chefe do Executivo municipal a 37% do deputado federal, 12 pontos de diferença. Entre os mais ricos, o congressista chega a 44%, e Nunes, 42%.

As margens de erro são de cinco pontos para as faixas de até dois salários mínimos e dos que possuem entre dois a cinco salários mínimos. Para o grupo de quem ganha acima de cinco salários, a margem de erro é de sete pontos.

POR GÊNERO

O prefeito também mantém vantagem entre os homens. Ele possui 52% nesse segmento, contra 32% de Boulos, uma diferença de 20 pontos percentuais. Nas intenções de voto em primeiro turno, com todos os candidatos, o deputado federal chega a empatar com Pablo Marçal (PRTB) entre o eleitorado masculino.

Nunes e Boulos empatam tecnicamente entre as mulheres. O emedebista chega a 46%, ante 39% do adversário. A margem de erro dos dois grupos é de quatro pontos percentuais para mais ou para menos.

POR RAÇA

No quesito racial, o prefeito fica à frente do congressista no limite da margem de erro entre as pessoas brancas, tendo 48% contra 38% de Boulos. A margem de erro para o grupo é de cinco pontos percentuais para mais ou para menos.

Entre os que se autodeclaram pardos, Nunes tem 20 pontos de vantagem —lidera por 52% a 32% com uma margem de cinco pontos. Entre as pessoas pretas, cada um possui 42%.

MATHEUS TUPINA / Folhapress

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