O que está acontecendo no Taiti para paralisar o surfe nas Olimpíadas

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A expectativa para voltar a ver os brasileiros nas ondas de Teahupoo, no Taiti, segue alta, mas os surfistas estão há dois dias sem entrar em ação pelas Olimpíadas de Paris-2024. Segundo a organização, as “condições climáticas ruins” são as responsáveis pela pausa no surfe olímpico.

As baterias do surfe aconteceram até a última segunda-feira (29), porém, só os homens foram para a água no dia. Segundo a ISA (Federação Internacional de Surfe), o vento chegou mais cedo do que o esperado, atrapalhando a formação das ondas e interrompendo o campeonato antes das oitavas de final do feminino.

“Na segunda-feira (29), estávamos esperando que o vento viesse depois, mas ele veio de uma vez e tivemos que parar no fim do terceiro round masculino [oitavas de final]. As condições não são as ideais. As ondas estão grandes, mas ainda há muita instabilidade”, disse Fernando Aguerre, presidente da ISA.

“Estamos de olho nas informações. Temos os melhores meteorologistas do mundo falando conosco e sabemos quando a janela fecha [em 5 de agosto, terça-feira]. Então, precisamos gerenciar isso dependendo do tamanho das ondas.”

Um código vermelho foi emitido na terça-feira (30), fechando a praia para a prática do surfe. O alerta considera tanto a condição das ondas quanto do clima —vento muito forte e que vem da direção do mar para a praia prejudica a formação das ondas, por exemplo.

O código seguiu na quarta-feira (31), adiando de novo a retomada da competição. A disputa feminina está parada nas oitavas de final, e a masculina, nas quartas.

A expectativa, porém, é que a competição seja retomada nesta quinta-feira (1º). A organização apontou uma melhora nas condições climáticas e das ondas e programou uma chamada para as 13h, de Brasília.

O MAR ‘QUEBRA-CRÂNIO’

Além das condições climáticas, as ondas de Teahupoo —que quer dizer ‘mar dos crânios quebrados’ na tradução do taitiano— também merecem atenção. Alguns atletas, por exemplo, usam capacetes durante suas baterias.

As ondas quebram em cima de uma bancada de coral rasa e afiada e que pode castigar até mesmo os surfistas mais experientes. A francesa Johanne Defay, por exemplo, sofreu um corte na cabeça após tentar dropar uma das maiores ondas do último sábado (27).

Teahupoo foi excluída do calendário feminino do Circuito Mundial por questões de segurança, mas voltou a receber uma etapa do feminino nos últimos anos. O local também registrou a morte do surfista local Briece Taerea em 2001.

CHAVEAMENTO DO SURFE OLÍMPICO

Feminino – oitavas de final

Caroline Marks (EUA) x Siqi Yang (CHI)

Tyler Wright (AUS) x Anat Lelior (ISR)

Vahine Fierro (FRA) x Johanne Defay (FRA)

Carissa Moore (EUA) x Sarah Baum (RSA)

Nadia Erostarbe (ESP) x Shino Matsuda (JAP)

Caitlin Simmers (EUA) x Tatiana Weston-Webb (BRA)

Luana Silva (BRA) x Tainá Hinckel (BRA)

Brisa Hennessy (CRC) x Yolanda Hopkins (POR)

Masculino – quartas de final

Alonso Correa (PER) x Reo Inaba (JAP)

Kauli Vaast (FRA) x Joan Duru (FRA)

Gabriel Medina (BRA) x João Chianca (BRA)

Jack Robinson (AUS) x Ethan Ewing (AUS)

Redação / Folhapress

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