O que está por trás do choro de Richarlison após substituição na seleção

SÃO PAULO, SP, E BELÉM, PA (UOL/FOLHAPRESS) – Richarlison foi protagonista durante toda a semana na cidade de Belém, mas terminou a jornada com choro durante a vitória do Brasil por 5 a 1 sobre a Bolívia, no Mangueirão.

Richarlison vive má fase no Tottenham e acreditou que na seleção ele daria a volta por cima.

Na última atuação pela seleção, o Pombo foi vaiado na derrota por 4 a 2 para Senegal, em Lisboa. Dessa vez, o centroavante estava confiante de que desencantaria para retribuir o carinho de Belém.

Ele teve chances de gol, mas parou no goleiro Viscarra e na sua falta de pontaria. Ao ser substituído aos 24 minutos do segundo tempo para a entrada de Matheus Cunha, Richarlison desabou.

O lateral-direito Danilo puxou as palmas para Richarlison, e o Mangueirão inteiro gritou seu nome. Esse abraço, porém, não foi suficiente para conter as lágrimas no banco de reservas.

Em entrevista coletiva, Fernando Diniz defendeu o jogador e destacou o amor que ele atrai. Ativo nas redes sociais e querido pelas crianças muito por conta da “Dança do Pombo”, Richarlison só foi menos tietado que Neymar durante a semana. Na segunda-feira (4), ele foi o único a atender os torcedores do portão do hotel e ficou mais de 30 minutos entre fotos e autógrafos.

“Todo mundo já acolheu e a torcida também. Saiu aplaudido, o que mostra o carinho que desperta no torcedor brasileiro. Vamos fazer de tudo para que ele possa manter a tranquilidade porque ele é um jogador grandioso e a bola dele vai passar a entrar”, disse Diniz.

MÁ FASE

Richarlison começou essa temporada em cenário semelhante à última: com poucos gols. Mesmo com a saída de Harry Kane para o Bayern, o centroavante não se firmou e foi reserva de Son, que foi improvisado. Na última temporada, ele marcou apenas três vezes em 35 partidas.

Os números ruins se contrapõem à forte entrevista que Richarlison deu em junho: “A camisa 9 já é minha, não tem o que ficar escolhendo. Fiz uma boa Copa do Mundo, mesmo não tendo o título, e acho que aqui na seleção todo mundo sabe que eu sou o homem-gol, não tem o que ficar escolhendo camisa, a 9 é minha”.

Richarlison tem bons números pela seleção: 20 gols e oito assistências em 45 partidas. O último gol, porém, foi contra a Coreia do Sul na Copa. Desde então, passou em branco em quatro ocasiões.

Com a confiança de Diniz e dos seus companheiros, o Pombo tentará transformar as lágrimas em bola na rede contra o Peru, terça-feira, em Lima, pela segunda rodada das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026.

EDER TRASKINI E LUCAS MUSETTI PERAZOLLI / Folhapress

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