O que fez o dólar voltar a superar os R$ 5, nova geração de óculos da Meta e o que importa no mercado

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O que fez o dólar voltar a superar os R$ 5, nova geração de óculos da Meta e outros destaques do mercado nesta quinta-feira (28).

**DÓLAR DISPARA E PASSA DOS R$5**

O dólar rompeu a barreira dos R$ 5 nesta quarta ao fechar em alta de 1,15%, a R$ 5,04, o maior valor desde maio.

O dia foi de valorização global da moeda americana, mas o real apanhou mais que divisas de outros países. Entenda:

A alta do dólar mundo afora não é de hoje, e se intensificou desde a semana passada, quando membros do Fed (BC americano) indicaram uma nova alta de juros para este ano.

A divulgação pegou de surpresa o mercado, que esperava estabilidade das taxas e queda a partir de 2024.

O cenário acabou valorizando os títulos do Tesouro americano, considerados um porto-seguro dos investidores, que atraem recursos quando há previsão de juros mais altos por mais tempo.

Esse combo fortalece o dólar contra praticamente todas as moedas. Nesta quarta, o índice DXY, que mede o desempenho da moeda americana contra outras divisas fortes, subiu 0,35% e atingiu seu maior nível desde novembro de 2022.

O real, porém, caiu mais. Economistas apontam que a razão para isso passa pelas incertezas com o cenário fiscal no Brasil.

A proposta do governo de derrubar o teto de precatórios e pagar parte das sentenças judiciais como despesa financeira, para não esbarrar nas regras fiscais, pegou mal no mercado –alguns economistas falaram em contabilidade criativa.

O clima já não estava dos melhores, com os analistas duvidando da capacidade de a equipe econômica cumprir com a promessa de zerar o déficit no ano que vem.

Também contribuiu para o azedume no mercado o petróleo, que subiu 3% e atingiu o maior valor do ano em meio à queda de estoques nos EUA –a alta pressiona a inflação, o que demanda ainda mais juros.

**META LANÇA NOVA GERAÇÃO DE ÓCULOS**

A Meta (dona de Facebook, Instagram e WhatsApp) lançou nesta quarta no mercado a próxima geração de seus óculos de realidade mista, o Meta Quest 3.

EM NÚMEROS

O dispositivo chega ao mercado americano por US$ 500 (R$ 2.486, sem contar impostos), valor bem inferior ao Vision Pro, óculos da Apple que devem ser disponibilizados em 2024 por US$ 3.500 (R$ 17.599).

Em um mercado ainda pequeno, com 9 milhões de unidades vendidas no ano passado, a Meta é responsável por 80% de todos os headsets de realidade virtual e aumentada comercializados.

OS DESTAQUES DO META QUEST 3:

– Zuckerberg prometeu óculos 40% menores, mais leves, duas vezes mais potentes e com mais sensores.

– A aposta, como fez a Apple, é na realidade mista: estímulos do mundo real são misturados com projeções feitas por computador, ou seja, você não se desconecta totalmente da realidade.

Lembra do metaverso? O ambiente que mistura o mundo virtual ao real chegou a motivar a mudança de nome da empresa fundada por Mark Zuckerberg, mas perdeu adeptos no setor de tecnologia.

– Com o Meta Quest 3, a big tech também deixou o assunto um pouco de lado e voltou a focar em games, até hoje a única aplicação que chegou mais perto do metaverso.

Outros lançamentos anunciados pela Meta:

Parceria com Ray-Ban: os óculos são mais parecidos com o que vemos no dia a dia, mas tiram fotos, gravam áudios, traduzem placas, fazem transmissões ao vivo e têm acesso a aplicativos da Meta.

IA: o assunto do momento na tecnologia também esteve presente, com o lançamento de um assistente virtual e editores de imagens inteligentes e geradores de figurinhas para as redes sociais da empresa.

**O QUE MAIS VOCÊ PRECISA SABER**

BANCO CENTRAL

Lula recebe Campos Neto pela primeira vez no Planalto, e Haddad fala em ‘pactuação’. Presente ao encontro, ministro da Fazenda afirma que reunião marca início de relação e conversas frequentes.

MERCADO

Ameaça de veto ao Brasil por causa do Carf não existe em carta citada por Haddad. Ministro afirmou que OCDE havia redigido alerta, mas texto não trata da questão.

ARGENTINA

Com aumento da pobreza, Plaza de Mayo em Buenos Aires se transforma em refeitório noturno. Antes cenário de protestos e comemorações, praça histórica abriga agora pessoas em busca de comida.

MERCADO

No fogo cruzado entre EUA e China, gigante dos chips vê ações caírem. Companhia taiwanesa perde quase US$ 2 bi em uma semana, enquanto se esforça para erguer ‘fabs’ no Japão e Arizona.

INTERNET

Respostas de IA e sites com cara de spam geram ruídos na busca do Google. Usuários reclamam de resultados imprecisos, mas especialistas divergem sobre piora do serviço da big tech.

ARTUR BÚRIGO / Folhapress

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