O que se sabe sobre o crime que deixou 4 mortos em Novo Hamburgo (RS)

MACEIÓ, AL (FOLHAPRESS) – Foram quase nove horas de cerco até que a Brigada Militar pudesse entrar na casa do atirador que matou o pai, o irmão e um policial militar e deixou outras nove pessoas feridas em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul.

Ele foi identificado como Edson Fernando Crippa, 45, e seu corpo foi encontrado dentro do imóvel na manhã desta quarta-feira (23). Ele foi morto durante o confronto com o Bope –informações iniciais do caso também consideravam a possibilidade de suicídio.

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QUEM ERA O ATIRADOR?

Edson Fernando Crippa, 45, era motorista de caminhão. Conforme apuração da Polícia Civil, Edson tinha esquizofrenia e foi internado ao menos quatro vezes em instituições psiquiátricas.

Mesmo assim o atirador tinha registro como CAC (colecionador, atirador desportivo ou caçador) e quatro armas em seu nome: uma pistola 9 mm, uma pistola .380, uma espingarda de calibre 12 e um fuzil.

QUAL FOI A OCORRÊNCIA?

O caso teve início ainda na noite de terça-feira (22), por volta das 22h, em uma casa na rua Adolfo Jaeger, no bairro Ouro Branco. Segundo o relato da polícia, o homem estaria mantendo seus pais em cárcere privado, e o próprio pai teria feito a denúncia de maus-tratos.

Ao ver a chegada das equipes, Edson teria começado a atirar tanto contra os militares quanto contra a própria família.

COMO FOI A ABORDAGEM?

De acordo com a polícia, houve a tentativa de negociação e conversa com o atirador, que respondia somente com disparos.

“Ele aparece e começa a atirar em todas as pessoas que se encontravam naquele local, na frente da residência. Diante desses disparos, de forma totalmente agressiva, que ele efetuou contra os próprios pais dele, contra a guarnição que estava ali atendendo a ocorrência, outras guarnições deslocaram apoio”, disse o tenente-coronel Alexandre Famoso, comandante do 3º Batalhão da Polícia Militar de Novo Hamburgo.

QUEM ERAM AS VÍTIMAS?

Três pessoas morreram:

Eugênio Crippa, 74, pai do atirador

Everton Crippa, 49, irmão do atirador

Everton Kirsch Júnior, 31, soldado da Brigada Militar, que atendia a ocorrência. Segundo a corporação o soldado morto era policial havia seis anos e deixa a mulher e um filho de apenas 45 dias.

Outros seis policiais ficaram feridos e dois deles seguem em estado grave no Hospital Municipal de Novo Hamburgo. Os demais feridos são a mãe e a cunhada do criminoso, e um guarda municipal, que foi atingido por três tiros. Dois drones militares também foram abatidos por Edson.

O QUADRO DE SAÚDE DOS FERIDOS

Rodrigo Weber Volz, 31, policial militar

Em estado grave na UTI

João Paulo Farias, 26, policial militar

Em estado grave na UTI após um tiro na cabeça

Cleris Crippa, 69 anos, mãe do atirador

Em estado grave, passa por cirurgia

Priscilla Martins, 41, cunhada do atirador

Passou por operação e será encaminhada à UTI

Volmir de Souza, 54, Guarda Municipal

Em estado grave, mas estável, após ter levado três tiros

Eduardo de Brida Geiger, 32, policial militar

Teve alta após ser atingido no tornozelo

Joseane Muller, 38, policial militar

Estável após ser alvejada no ombro, aguarda transferência para o Hospital da Brigada Militar.

Leonardo Valadão Alves, 26, policial militar

Teve alta após um tiro de raspão no supercílio

Felipe Costa Santos Rocha, policial militar

Atingido de raspão, não chegou a ser encaminhado ao hospital

JOSUÉ SEIXAS / Folhapress

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