SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama discursou em um comício na Pensilvânia a favor da vice-presidente e candidata do Partido Democrata à Casa Branca, Kamala Harris, e se dirigiu aos homens negros que ainda possam estar indecisos a respeito do voto no dia da eleição.
Dizendo que ouviu relatos de que Kamala está tendo menos apoio dessa parcela da população do que ele próprio teve quando foi eleito em 2008, Obama disse que “vocês estão inventando todo tipo de desculpa. Isso é um problema”.
“Uma parte disso me faz pensar que vocês não estão gostando muito da ideia de ter uma mulher presidente, e estão inventando outras razões para não ter que dizer isso”, afirmou o ex-presidente, dizendo que “as mulheres nas nossas vidas sempre nos apoiaram, sempre estão nas ruas marchando e protestando”.
Obama continua sendo uma das figuras políticas mais populares nos EUA: algumas pesquisas apontam que ele tem aprovação de 90% entre democratas. Ele foi o principal orador do evento em Pittsburgh Kamala participava de uma conversa com eleitores em Las Vegas, no estado-pêndulo de Nevada.
“Eu entendo que as pessoas estão querendo mudar as coisas”, disse Obama no seu discurso. “Entendo a frustração, o sentimento de que poderíamos fazer melhor. O que eu não entendo é como alguém pode achar que Donald Trump vai mudar as coisas de um jeito que é bom pra você”, insistiu o democrata, dizendo que o ex-presidente e candidato republicano só se importa com o próprio ego e com dinheiro.
A campanha de Kamala espera que a presença de Obama em comícios sirva para energizar a base do Partido Democrata e também para se conectar com um eleitorado mais jovem e mais masculino. Pensando nesse público, o ex-presidente disse que o comportamento de Trump em relação a adversários, usando xingamentos e apelidos, não pode ser visto como força. “Ser forte de verdade não é isso.”
Além de Obama, o ex-presidente democrata Bill Clinton também deve participar de comícios, em especial eventos voltados para eleitores de zonas rurais dos estados-pêndulo da Geórgia e da Carolina do Norte.
Redação / Folhapress
