Olivetto listou dez coisas para fazer antes de morrer; relembre

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Antes de morrer, Washington Olivetto queria acompanhar seus filhos crescerem, comemorar novos títulos do Corinthians e ver o Brasil se tornar o país do presente. Em artigo publicado na Folha em junho de 2004, o publicitário, que morreu neste domingo (13) aos 73 anos, listou dez coisas que precisaria fazer antes de morrer.

Olivetto foi colunista da Folha de S.Paulo no final dos anos 1990 e publicou dezenas de artigos no jornal ao longo de sua vida.

Corintiano, escreveu sobre futebol e teve uma seção para comentar os jogos do Brasil no caderno especial da Folha que circulou durante a Copa do Mundo de 2002.

Escreveu também sobre episódios políticos do Brasil e, claro, sobre propaganda. Dedicou boa parte de suas colunas para criticar a “praga da publicidade fantasma”, criada apenas para disputar prêmios em festivais internacionais, mas também publicou artigos sobre os ingredientes necessários para uma boa peça criativa.

Relembre textos publicados pelo publicitário na Folha e leia abaixo a coluna sobre dez coisas para fazer antes de morrer, intitulada “Washington Olivetto”.

WASHINGTON OLIVETTO

Antes de morrer, preciso ver meus filhos Antônia e Theo (que vão nascer agora no segundo semestre) ficarem grandes, felizes e bem-educados. Antes de morrer, preciso ver meu filho Homero, que já é grande, feliz e bem-educado, ser cada vez mais desse jeito. Antes de morrer, preciso ver o Corinthians campeão muitas outras vezes. Antes de morrer, preciso ver a publicidade brasileira voltar a ser respeitada como negócio e internacional por ser local. Antes de morrer, preciso ver o Brasil virar o país do presente. Antes de morrer, preciso aprender a escrever como os caras que eu gosto de ler. Antes de morrer, preciso ter mais tempo para minha mulher, para mim e para todo mundo que merecer. Antes de morrer, preciso organizar tudo -para ninguém ter problemas depois. Antes de morrer, preciso ver muita mulher bonita, porque eu acho lindo. Antes de morrer, preciso não morrer.

Redação / Folhapress

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