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Operação mira quadrilha que usaria marmitas para entregar drogas e celulares em presídios do RJ

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – A Polícia Civil realiza, nesta terça-feira (17), operação contra uma suposta quadrilha que usaria marmitas como disfarce para enviar drogas, celulares e outros itens ilegais ao Complexo Penitenciário de Bangu, na zona oeste do Rio de Janeiro.

A ação foi coordenada pela Draco (Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas), que cumpriu mandados de busca e apreensão contra 25 suspeitos de participação no esquema.

De acordo com as investigações, o grupo criminoso aliciaria funcionários da empresa responsável pelo fornecimento das quentinhas para que não lacrassem os recipientes. Os lacres eram entregues ao motorista do transporte, que desviava a rota antes de chegar ao presídio.

O veículo fazia paradas em estabelecimentos onde as marmitas seriam trocadas por outras adulteradas, com drogas, celulares e acessórios escondidos. Em seguida, os lacres originais eram recolocados e o transporte seguia para o presídio.

Dentro das unidades, policiais penais que participavam do esquema facilitariam a entrada do material, ignorando os procedimentos de fiscalização. As embalagens com os itens proibidos chegavam, assim, diretamente aos presos.

O esquema veio à tona após uma apreensão feita em setembro de 2023 no Presídio Nelson Hungria (Bangu 7). Na ocasião, agentes encontraram cerca de R$ 1,5 milhão em drogas e equipamentos escondidos nas marmitas, incluindo 20 quilos de entorpecentes, 71 celulares, 19 chips, 96 carregadores, 96 fones de ouvido e balanças de precisão.

A descoberta motivou a produção de um relatório interno pela Seap (Secretaria de Administração Penitenciária), que identificou indícios de envolvimento de servidores públicos, detentos e funcionários de empresas terceirizadas. O documento foi enviado à 2ª Promotoria de Justiça de Bangu, que encaminhou o caso à Draco, dando origem à operação deflagrada nesta terça.

A corregedoria da Seap acompanha o caso, e a investigação continua porque há suspeita de outras empresas envolvidas.

BRUNA FANTTI / Folhapress

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