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Operação policial no Complexo da Maré tem tiroteio e fecha avenida Brasil

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Uma operação das policiais civis do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, com apoio da Polícia Militar, prendeu 10 pessoas suspeitas de integrar a facção criminosa TCP (Terceiro Comando Puro).

A ação tinha como alvo traficantes capixabas responsáveis por um esquema de extorsão e lavagem de dinheiro no Complexo da Maré, na zona norte da capital fluminense, que movimentou R$ 43 milhões em um ano.

Nas redes sociais, moradores relataram tiroteios durante a manhã até o início da tarde. Não houve registro de feridos.

A ação provocou o fechamento dos dois sentidos da avenida Brasil na altura de Manguinhos, por volta de 4h50, segundo o Centro de Operações Rio. A liberação ocorreu às 5h, disse o órgão da prefeitura carioca.

Ainda durante a ação, os policiais apreenderam quatro fuzis, duas pistolas e uma réplica de pistola. Barricadas foram removidas e 19 veículos foram recuperados.

Segundo informações da Subsecretaria de Inteligência do Espírito Santo, o grupo extorquia funcionários de empresas provedoras de internet, água e gás, que só podiam atuar nas áreas controladas pela facção mediante o pagamento de mensalidades que chegavam a R$ 10 mil.

A investigação também aponta que, para gerenciar e ocultar os valores ilícitos, os criminosos possuíam diversas contas bancárias, incluindo as de uma casa lotérica e de um “banco paralelo” –instituição financeira irregular que estaria operando dentro do Complexo da Maré e oferecendo empréstimos para moradores da comunidade.

Entre os presos, está uma mulher apontada como uma das responsáveis por lavar o dinheiro da organização criminosa. A suspeita, que não teve o nome divulgado, teria movimentado R$ 27 milhões, em apenas cinco meses, por meio de uma empresa de fachada.

“Esses mecanismos não apenas lavavam o dinheiro proveniente do tráfico de drogas local, mas também os recursos do TCP em Vitória, movimentando R$ 43 milhões em menos de um ano”, disse o subsecretário de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Espírito Santo, Romualdo Gianordoli Neto, em nota divulgada pelo governo fluminense.

Ao todo, 17 contas bancárias ligadas à lavagem de dinheiro foram bloqueadas, segundo informou o governo do Rio.

As investigações tiveram início em novembro de 2024, após a prisão de Luan Gomes de Faria na capital capixaba. Ele e o irmão, Bruno Gomes de Faria, conhecidos como “os irmãos Vera”, são suspeitos de chefiarem o TCP no estado.

“Bruno veio para o Complexo da Maré após a prisão do irmão”, diz a nota do governo fluminense.

Além da ação no Complexo da Maré, também são cumpridos mandados de prisão e de busca e apreensão em Bonsucesso, Campo Grande e Laranjeiras, no Rio, e em comunidades de Vitória.

Participam da operação policiais civis e militares do Rio de Janeiro, além de policiais civis de delegacias especializadas do Espírito Santo.

“Esta ação reflete o esforço coordenado entre as forças de segurança do Rio com outros estados para enfraquecer o crime organizado que hoje ultrapassa fronteiras estaduais. O criminoso que vem pra cá se esconder ou fazer escola, será preso. O Rio de Janeiro não tem espaço para criminosos, seja daqui ou de qualquer outro lugar”, afirmou o governador do Rio, Cláudio Castro (PL).

Redação / Folhapress

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