RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Uma operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu, nesta terça-feira (15), 11 pessoas suspeitas de integrar uma quadrilha especializada em roubos e furtos de veículos.
Segundo a investigação, o grupo desmontava os automóveis e vendiam suas peças. O esquema criminoso movimentou mais de R$ 30 milhões em um ano.
As equipes policiais estiveram no Complexo da Maré, na zona norte do Rio, e nas comunidades da Guacha, Gogó da Ema e Santa Tereza, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense. A ação também ocorreu nas cidades de São Paulo, Criciúma (SC), Goiânia (GO) e Guanambi (BA).
De acordo com a polícia, a quadrilha era comandada por Geonário Fernandes Pereira Moreno, o Genaro, que morreu durante uma operação da Polícia Militar, em setembro.
Ligado ao TCP (Terceiro Comando Puro), ele era apontado como chefe do tráfico da região, além de ser investigado por liderar roubos de cargas no Arco Metropolitano, e em trechos das rodovias Presidente Dutra e Washington Luís.
As investigações identificaram que o esquema funcionava com uma rede complexa de roubo, furto, receptação e desmonte de veículos. O grupo criminoso seria responsável pela desmontagem de 80 veículos roubados ou furtados por semana.
Os veículos roubados eram levados para a Guacha, Gogó da Ema e Santa Tereza, em Belford Roxo, dominadas pelo TCP. Nas comunidades, os automóveis eram desmontados, e as peças eram armazenadas em depósitos alugados em nomes de laranjas.
Em seguida, ainda conforme as investigações, as peças eram enviadas para o estado de São Paulo, de onde eram distribuídas para Goiás, Santa Catarina e Bahia. Nesses estados, as peças eram comercializadas por ferros-velhos e lojas de autopeças, abastecendo o mercado clandestino.
A ação desta terça é parte da Operação Torniquete, da Polícia Civil do Rio, que tem o objetivo de reprimir roubos, furtos e receptação de cargas e de veículos.
Segundo a corporação, as diligências seguem para localizar e prender outros suspeitos de envolvimento no esquema, que estão foragidos da Justiça.
ALÉXIA SOUSA / Folhapress