BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O governo do Amazonas afirmou que Luciane Barbosa Farias, mulher do homem apontado como líder do Comando Vermelho naquele estado, foi indicada por órgão da administração local para participar de evento promovido pelo Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania em Brasília.
Em nota desta quarta-feira (15), o Amazonas afirmou que a indicação para o Encontro de Comitês e Mecanismos de 2023, ocorrido entre os dias 6 e 7 deste mês, foi feita pelo Comitê Estadual para a Prevenção e Combate à Tortura.
Esse comitê é vinculado à Sejusc (Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Justiça e Cidadania), executora da política estadual de Direitos Humanos e composto por representantes de órgãos do Executivo, da Defensoria Pública, OAB e da sociedade civil.
O comunicado da administração Wilson Lima (União Brasil) afirmou, porém, que os indicados para o comitê estadual ainda aguardam nomeação.
“Portanto, Luciane não tinha legitimidade para ter participado do encontro como representante do colegiado”, frisou governo do estado.
O Amazonas informou que, “diante das informações divulgadas, a Sejusc questionará a sociedade civil quanto a manutenção do nome de Luciane”.
O ministério comandado por Silvio Almeida custeou a ida de Luciane a Brasília. A pasta disse que as passagens e diárias foram pagas com orçamento dos comitês estaduais, que têm autonomia administrativa e financeira.
Disse ainda que o pagamento foi feito a todos os participantes do evento nacional. A informação sobre essa despesa foi divulgada inicialmente pelo jornal O Globo.
Luciane também esteve no Ministério dos Direitos Humanos e se encontrou com a coordenadora de gabinete da Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, Érica Meireles.
A indicação de Luciane para o comitê estadual no biênio 2023/2025, segundo o governo amazonense, foi feita pelo Instituto Liberdade do Amazonas, presidido por ela, casada com o Clemilson dos Santos Farias, conhecido como Tio Patinhas e preso desde dezembro.
Redação / Folhapress