SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O crocodilo mais velho do mundo tem nome: Henry. Vivendo no Centro de Conservação Crocworld, na África do Sul, o réptil completou 124 anos de vida em dezembro, de acordo com a média estimada por biólogos.
VIDA LONGA (SEM CORRER RISCOS)
Henry, um crocodilo-do-Nilo (Crocodylus niloticus), foi capturado em 1903, em Botsuana. Ele passou boa parte da sua vida em cativeiro, o que pode explicar sua longa vida, afinal, não correu tantos riscos como um animal livre. Ficou distante de predadores, acidentes, doenças e demais adversidades ambientais.
O réptil teve um papel importante na reprodução da espécie. Para se ter ideia, Henry já foi responsável por mais de 10 mil filhotes ao longo de sua jornada.
Atualmente, Henry tem cinco metros de comprimento e pesa 700 kg. O metabolismo lento e a característica ectotérmica também podem ser facilitadores para que sua vida dure mais. De modo geral, os crocodilos conseguem conservar energia e não dependem de fontes externas de calor para regular a temperatura do corpo.
Com assistência veterinária e refeições diárias, Henry teria chegado aos 124 anos, segundo estimativas dos cientistas. A idade exata é um mistério, mas os estudiosos creem ser uma idade possível para a espécie. “Ele é claramente velho. Se ele tem 100 ou 130 anos, não sabemos realmente. Uma idade de 124 anos não é inconcebível para um crocodilo”, diz Steven Austad, biólogo que estuda envelhecimento animal na Universidade do Alabama, à Live Science.
‘Estudar o envelhecimento de crocodilos como Henry pode ser desafiador, já que os pesquisadores precisam capturá-los na infância, marcá-los e segui-los ao longo de suas vidas. Por causa disso, muitas teorias sobre os segredos do envelhecimento reptiliano são especulativas, como o papel de seu sistema imunológico e microbioma”, disse Austad. “[Crocodilos] vivem mais do que as carreiras do cientista que os estuda’, disse Steven Austad.
Redação / Folhapress