SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Líderes da Otan, a aliança militar ocidental, renovaram as esperanças da Ucrânia de um dia ingressar na organização nesta quarta-feira (10), segundo dia da cúpula do grupo em Washington.
Na ocasião, mais de um chefe de Estado afirmou que o clube não pretende voltar atrás na decisão de aceitar o pleito de adesão ucraniano. O presidente da Polônia, Andrej Duda, afirmou esperar que o encontro mostrasse “que o caminho para a adesão da Ucrânia à Otan é irreversível”, enquanto Alexander Stubb, seu homólogo da Finlândia, disse a jornalistas que era muito importante que a ideia de que o convite é definitivo fosse transmitida ao Kremlin.
Mais importante, o próprio rascunho da declaração final da cúpula, ao qual a agência de notícias Reuters teve acesso, teve declara que a “plena integração euro-atlântica, incluindo a adesão à Otan” é um “caminho irreversível”.
O texto precisa ser aceito por todos os países-membros para que seja válido. Além disso, o rascunho mantém um pragmatismo cauteloso ao dizer que a aliança “estará em posição de estender um convite à Ucrânia para se juntar à aliança quando os aliados concordarem e as condições forem atendidas”.
De todo modo, se for mantida, a formulação representa uma boa notícia para Kiev, que tem visto as tropas da Rússia avançarem paulatinamente sobre seu território desde o fracasso de sua contraofensiva de 2023.
Também nesta quarta, o secretário-geral da organização, Jens Stoltenberg que preside o último encontro do grupo antes de ser substituído pelo holandês Mark Rutte no cargo, disse a jornalistas que há expectativa de que os países-membros ofereçam um pacote de ajuda substancial para o país invadido pela Rússia em 2022.
Os planos envolveriam a criação de um Comando da Otan específico para Kiev, oferecendo assistência de segurança e treinamentos para as suas tropas, além de um acordo de longo prazo. O rascunho da declaração final fala em vez disso de um financiamento mínimo de mais de R$ 200 bilhões ao longo de 2025.
Redação / Folhapress