Otaviano Costa chora ao falar de cirurgia e como descobriu aneurisma

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Neste domingo (28), Otaviano Costa, 51, falou, em entrevista ao Fantástico, sobre a cirurgia de emergência que enfrentou no início do mês. O ator e apresentador caiu no choro ao contar sua recuperação, e detalhou como descobriu o aneurisma da artéria aorta.

Otaviano revelou que tudo começou com uma dor na costela que sentiu durante uma viagem para Buenos Aires. Ao retornar para o Brasil, ele procurou atendimento médico para investigar o motivo.

A dor no final das contas era muscular, mas graças aos exames feitos, ele descobriu um problema cardíaco grave, um aneurisma da artéria aorta que já estava em estágio avançado.

A válvula aórtica é uma estrutura que se abre com cada batimento cardíaco para permitir a passagem de sangue do coração para o corpo. Uma válvula aórtica normal tem três válvulas, o ator nasceu só com duas válvulas.

“Em 2007, eu detectei algo que havia nascido comigo e fui monitorando a evolução dessa aorta. E tava tudo muito calmo. E aí, dois anos eu passei me negligenciando. Passei dois anos sem fazer o meu check-up”, disse Otaviano Costa.

O caso do apresentador era cirúrgico, decisão médica que ele descobriu um dia antes da festa de aniversário da esposa. “Como é que eu conto pra Flávia, sendo que amanhã, dia 7 de junho, é o aniversário de 50 anos dessa mulher. Nossa família inteira aqui para celebrar a vida dela. Eu falei: ‘Não vou contar. Não posso contar'”, lembrou.

Otaviano só falou publicamente sobre o problema de saúde quando já estava melhor. E a decisão ainda teve um outro motivo por trás. “Quando a gente decidiu fazer o vídeo para compartilhar, para ter esse serviço social, é porque a gente se impressionou de como existem casos como esse”, explicou Costa.

“Eu fiquei muito emocionado, muito emocionado. É um vídeo que impactou milhares e milhares de pessoas. A Flávia também compartilhou quantos relatos de gente que viveu, que vive isso, ou que mesmo não estando enquadrada nessas situações, diante do alerta que geramos, que eu gerei, fazendo check-up agora”, comentou o ator e apresentador.

O apresentador voltou a se emocionar ao lembrar da dor na costela, o que ele atribui agora como um sinal divino. “Tenho esse privilégio de ter os melhores médicos possíveis à minha disposição, mas sem fé, sem gratidão por esse lá em cima que guia, que nos guia há tantos anos, que está no comando de nossas vidas?”, começou.

“Ele mandou essa dorzinha da costela, eu tenho certeza disso. Eu tenho absoluta certeza que foi lá em cima esse sinal. “Eu tenho certeza. E foi um simples ecocardiograma. E a dorzinha da costela passou. Era uma coisa muscular”, finalizou Otaviano Costa.

Agora, o casal olha para o futuro e o apresentador já tem um desejo que irá realizar. “Eu não celebrei minha festa de 50 anos. Me arrependi. Agora eu vou celebrar de 52. Só que aí eu vou celebrar de 52 com duas datas. No dia 13 de maio, quando eu nasci, e no dia 10 de julho, quando eu sobrevivi”, adiantou.

Em outro momento da entrevista, Flávia Alessandra também chorou ao desabafar o que viveu ao lado do amado. “É um cenário assustador quando volta [do bloco cirúrgico]. Não é uma cirurgia simples. Eram dois drenos com sangue saindo. Ele teve uma mini complicação, digamos assim, que foi um sangramento que continuou. Até regular isso, acho que foram as piores horas da minha vida”, desabafou.

O que é o aneurisma da aorta

“O coração é uma bomba de músculo que move o sangue pro corpo inteiro. E, na saída, tem a aorta, que é um tubo, um cano, que leva sangue pro corpo inteiro, da cabeça aos pés. A aorta tem sua medida e pode dilatar. Dependendo do grau de dilatação, se forma um aneurisma. É uma dilatação um pouco maior da aorta”, disse Roberto Kalil Filho, diretor de cardiologia do Hospital Sírio Libanês.

O médico explicou ainda que essa dilatação acontece por conta do enfraquecimento da parede do vaso. “É uma tendência que a pessoa tem. [Se a dilatação continuar] o aneurisma pode romper. Se você rompe aquilo ali, a pessoa muitas vezes morre. É a chamada morte súbita”, afirmou.

LUCAS ROCHA / Folhapress

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