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Ovo deve ter data de validade registrada na casca a partir de março

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Os ovos deverão vir com a data de validade do produto carimbada na casca a partir de 4 de março, segundo determinação do Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária).

A medida atende ao estabelecido na portaria 1.179, de 5 setembro de 2024, que deu prazo de 180 dias para adequação. O objetivo é garantir a segurança alimentar e o rastreamento dos lotes.

A proteína, que faz parte da cesta básica e será beneficiada pela isenção de impostos da reforma tributária, tem se tornado cada vez mais consumida, com o estímulo de blogueiras fitness que disseminaram a “dieta do ovo” em 2024, e a alta do preço das carnes bovinas.

Dados da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal) mostram o Brasil como o sétimo maior produtor de ovos do mundo, com mais de 52 bilhões de unidades produzidas por ano. Em 2023, último dado disponível, foram 52,4 bilhões de unidades.

A crise de gripe aviária nos Estados Unidos pode afetar ainda mais o valor no Brasil.

A normativa do Mapa diz que ovos destinados ao consumo direto devem ser identificados um a um, com a data de validade e o número de registro do estabelecimento produtor.

A regra vale para embalagens secundárias, que acondicionam outras como a caixa de papelão para meia ou uma dúzia, a mais comum nos supermercados.

A tinta utilizada para a impressão ou marcação da casca de ovos in natura deve ser específica para uso em alimentos e atóxica, para não causar risco de contaminação ao produto.

Nos casos das embalagens secundárias, que são as caixas maiores com grande quantidade de dúzias de ovos, caso a caixinha da dúzia não tenha nenhum tipo de identificação, o rótulo deve conter a descrição de que é “proibida a venda fracionada”.

Segundo Ramon Grasselli, gerente comercial da Soma Solution, empresa que representa a Markem-Imaje no país, fabricante global especializada em identificação e rastreabilidade de produtos, os produtores ainda estão se adaptando.

Para ele, a regulamentação tende a fortalecer a segurança alimentar e a transparência no setor, com fácil rastreabilidade dos produtos e seus lotes.

“A segurança alimentar é um tema sério e relevante. Com essa medida, o consumidor terá acesso a informações precisas e confiáveis, enquanto o setor ganha ferramentas para combater fraudes e garantir conformidade com as normas vigentes”, diz.

O prazo de validade dos ovos é de 25 dias após a data em que a galinha bota. Se for acondicionado em ambiente refrigerado, pode durar mais, mas não há essa obrigatoriedade.

Ao comprá-lo, o consumidor deve guardá-lo na geladeira, nas prateleiras, e não na porta, porque a temperatura variável ao abrir e fechar o refrigerador pode prejudicar a qualidade do produto. Também não é indicado colocá-lo em contato com outros alimentos na armazenagem.

Outro cuidado é com o passar dos dias. Se estiver fora da geladeira e em ambiente quente, pode estragar de forma mais fácil e causar séria infecção alimentar. O ovo fica mais quente e também diminui de tamanho.

Há quatro categorias de ovos, jumbo, extra, grande e médio, conforme o peso da proteína, e duas cores: brancos e vermelho. Além de ter alto consumo interno, o país também exporta. Em 2024, entre ovos in natura e processado, foram vendidas 18.469 toneladas ao exterior.

As exportações do setor seguem em alta, segundo Ricardo Santin, presidente da ABPA, mesmo com a demanda interna aquecida.

“As exportações do setor, embora pressionadas pela alta demanda interna pelo produto, mantiveram-se em patamares muito acima ao ocorrido há dois anos. O último trimestre de 2024 marcou o início de um fluxo positivo nas exportações, em patamares que deverão se sustentar ao longo de 2025”, diz.

A inflação do ovo é medida pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) junto com a das aves. Segundo o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), em 2024, o grupo subiu 1,69%.

No atacado, dados do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, mostram alta diária do preço da proteína nas regiões produtoras.

A caixa com 30 dúzias ovos brancos teve variação de 17,83% em Minas Gerais, 5,89% em Recife (PE) e 6,03% em São Paulo, entre os dias 11 e 12 deste mês.

A caixa com 30 dúzias de ovos vermelhos subiu 7,70%, 12,99% e 7,61% nas respectivas cidades no mesmo período.

CRISTIANE GERCINA / Folhapress

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