BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Em seu último pronunciamento do ano –e talvez também no púlpito do Salão Azul como presidente do Senado–, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) se esquivou dos rumores de virar ministro no governo Lula (PT), brincou com futebol e comemorou a maratona de projetos neste fim de ano.
Após a aprovação do terceiro projeto do pacote de gastos, nesta sexta-feira (20), e da promulgação da emenda constitucional, Pacheco respondeu a perguntas de jornalistas e começou a se despedir do período de quatro anos como presidente do Senado.
O senador disse que vai voltar ao gabinete 24 do Senado e listou projetos aos quais pretende se dedicar a partir do ano que vem, como a atualização do Código Civil e a reforma do Código Eleitoral. “Não, essa definição não existe”, respondeu, ao ser questionado se será ministro.
“Eu tenho que concluir até dia 1º de fevereiro o meu mandato como presidente do Senado, fazer a eleição da Mesa Diretora nos primeiros dias de fevereiro, definição das comissões. Por ora, a definição é a permanência aqui no Senado, lá no meu gabinete 24, para poder servir o meu estado de Minas Gerais e servir o povo brasileiro através dessas medidas.”
Em um pequeno balanço de sua gestão como presidente, Pacheco disse ter orgulho de ser o autor da lei que viabilizou a compra de vacinas contra a Covid-19, durante a pandemia, e da lei da SAF (Sociedade Anônima do Futebol).
“Eu fico muito feliz de, nesse tempo, ser autor do projeto da lei das vacinas, […] da lei da SAF, que salvou muitos clubes Brasil afora. O Botafogo inclusive foi campeão sendo uma SAF e disputou com o Atlético Mineiro, que também é uma Sociedade Anônima de Futebol, então é um modelo que dá muito certo”, disse o presidente, que é atleticano.
Pacheco também celebrou a aprovação da regulamentação da reforma tributária e do pacote de gastos e afirmou que este é “o início de uma jornada de responsabilidade fiscal”. “Certamente 2025 vai ser pautado por uma discussão sobre a qualidade do gasto público, o tamanho do Estado brasileiro, combater privilégios, combater desperdícios, combater excesso, ter mais eficiência no gasto público”, disse.
O mandato de Pacheco como presidente do Senado vai até fevereiro e, como senador, até 2026. Após o recesso no Congresso, ele vai presidir uma última sessão do Senado, para a escolha de seu sucessor –que deve confirmar a volta de Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) ao cargo.
THAÍSA OLIVEIRA / Folhapress