Painel que divide Maré e Linha Vermelha ganha pintura para G20

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – O painel de acrílico instalado na Linha Vermelha, na altura do complexo da Maré, ganhou reforma recente para a cúpula do G20, que acontece nesta segunda (18) e terça-feira (19) no Rio de Janeiro.

O painel, de cerca de 7 km de extensão e 3 metros de altura, está instalado entre a mureta da Linha Vermelha e as casas do complexo da Maré.

Inaugurada completamente em 1994, a Linha Vermelha é o principal acesso ao aeroporto internacional do Rio, no Galeão, e foi, por conta disso, uma das vias expressas usadas pelas comitivas dos chefes de Estado. Também faz ligação com a Baixada Fluminense e a rodovia Presidente Dutra, a via Dutra.

A divisória de acrílico foi instalada em 2010 e tem a função original, segundo a prefeitura, de evitar atropelamentos por acessos indevidos e de servir como barreira acústica, por conta do barulho dos veículos que passam pela Linha Vermelha.

Os painéis, que eram transparentes, estavam degradados até meses atrás. Havia pontos quebrados por aparente ressecamento e outros pontos depredados. Em um dos trechos, o acrílico foi recortado para a instalação de uma porta que abria dando acesso à pista.

Na Linha Amarela, onde também há um trecho com placas de proteção, um ar-condicionado chegou a ser instalado por um morador.

Nos últimos meses, a prefeitura começou a recuperar os painéis da Linha Vermelha com novas pinturas coloridas, que formam elementos geométricos.

Questionamentos se a pintura serve para esconder o complexo da Maré surgiram ainda em 2010, e voltaram às redes sociais esta semana, inclusive entre políticos bolsonaristas, de oposição ao prefeito Eduardo Paes (PSD).

A secretaria municipal de Coordenação Governamental disse em nota que a reforma começou em maio e “faz parte de um esforço de recuperação e manutenção, além de também servir para o G20”.

Outra pintura havia sido registrada para os Jogos Olímpicos do Rio, em 2016. Na época, o envelopamento do painel com elementos gráficos e logomarca dos Jogos custou R$ 200 mil.

YURI EIRAS / Folhapress

COMPARTILHAR:

Participe do grupo e receba as principais notícias de Campinas e região na palma da sua mão.

Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.

NOTÍCIAS RELACIONADAS