Paralisação lunar volta a ocorrer depois de 18 anos, mas só é visível do hemisfério norte

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Ocorre nesta sexta-feira (21) a grande paralisação lunar. Apesar do nome que parece ter sido de um filme com catástrofes planetárias, trata-se de algo cíclico e normal relacionado à Lua. A tal da “paralisação”, basicamente, significa que o satélite natural da Terra aparecerá mais tempo no céu -mas só nos céus do hemisfério norte.

A paralisação lunar, que também pode ser chamada de lunistício, é um fenômeno em que a Lua chega em seu ponto mais ao Norte ou mais ao Sul -dependendo do hemisfério- durante a sua trajetória ao longo de mês lunar (que tem duração de cerca de 27 dias).

Pela posição de nascimento mais ao Norte -no caso atual-, a Lua fará um percurso no céu em uma altura maior. Com isso, acabará se mantendo mais tempo no céu do Norte.

Mas não se trata de uma paralisação qualquer, mas de uma grande paralisação. Isso porque os pontos de nascimento e pôr da Lua estão mais afastados -o que significa um tanto a mais de tempo no céu-, segundo a English Heritage.

Segundo Filipe Monteiro, astrônomo e pós-doutor do Observatório Nacional, o fenômeno ocorre devido às órbitas mútuas da Lua e da Terra.

“A Lua tem uma cerca inclinação em relação à eclíptica, ao caminho que a Terra faz ao redor do Sol. E a Terra também tem sua inclinação em relação ao plano da eclíptica”, diz Monteiro.

O astrônomo diz que essa combinação de órbitas com suas características faz com que o evento da grande paralisação lunar ocorra a cada 18,6 anos.

A transmissão ao vivo pode ser acompanhada (em inglês) pelo canal no YouTube da English Heritage.

Redação / Folhapress

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