Passageiro morre atropelado por trem da CPTM na zona leste de SP

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Um homem de 64 anos morreu após ser atropelado por um trem da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) na noite desta sexta-feira (15), na linha 12-safira, na zona leste de São Paulo.

Segundo a companhia, passageiros acionaram o botão de emergência da composição por causa de uma briga que acontecia no interior de um vagão. Quando o veículo parou, uma porta foi aberta e algumas pessoas saltaram aos trilhos. A vítima acabou atingida pelo trem que circulava no sentido oposto, morrendo no local.

O acidente ocorreu por volta das 20h no trecho entre as estações Comendador Ermelino e São Miguel Paulista. Corpo de Bombeiros e Polícia Militar foram acionados para resgate e apoio no atendimento da ocorrência. As equipes de segurança demoraram cerca de uma hora para retirar totalmente as pessoas dos trilhos –enquanto isso, o sistema operou com velocidade reduzida.

Os dois homens envolvidos na briga que originou a parada do trem são amigos e foram levados ao 63º DP (Vila Jacuí), onde relataram o caso à polícia. Na versão de ambos, a confusão começou depois que um deles sentou em assento preferencial na composição, “fato este que gerou descontentamento por parte de uma senhora que, na companhia de outros dois rapazes, iniciou uma discussão na qual ambos (ele e o amigo) se envolveram”, conforme registrado em boletim de ocorrência.

À polícia, um funcionário da CPTM disse que a discussão entre passageiros culminou em “confusão generalizada” no vagão. Após acionamento do botão de emergência e parada do trem, pessoas ainda não identificadas teriam forçado a abertura das portas, violando mecanismos de segurança.

Ainda segundo boletim de ocorrência, o maquinista alertou o centro de controle operacional sobre a abertura forçada das portas, mas não houve tempo para emissão de alerta à composição que seguia em sentido oposto e que acabou atingindo o passageiro fatalmente.

Por meio de nota, a CPTM lamentou o ocorrido e disse que “não tolera nenhum tipo de violência contra vida nos trens e estações, seja por parte de seus colaboradores ou de passageiros que utilizam o sistema”. A companhia reforçou que vai colaborar com a investigação policial, inclusive com o resgate de imagens gravadas no interior do trem.

O caso foi registrado pela Polícia Civil como morte acidental e perigo de desastre ferroviário, crime previsto no artigo 260 do Código Penal, com pena de até cinco anos de prisão. A investigação será conduzida pelo 22º DP (São Miguel Paulista).

O boletim de ocorrência conclui que embora ainda não identificados os responsáveis pela abertura das portas, “não restam dúvidas quanto ao enquadramento típico da conduta destes, vez que consumado o resultado trágico que na prática poderia ter vitimado de modo fatal não apenas um, mas dezenas de passageiros, fato este que não se consumou por milagrosos segundos, de modo que o empenho investigativo deverá, salvo juízo mais apurado, identificar e punir os responsáveis pelo episódio”.

LEONARDO ZVARICK E PAULO EDUARDO DIAS / Folhapress

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