SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Um pastor de 41 anos foi preso por suspeita de abusar sexual e financeiramente de fiéis que frequentavam uma igreja evangélica que ele liderava no Distrito Federal.
Pastor é suspeito de violação sexual mediante fraude e extorsão contra pelo menos cinco fiéis. O líder religioso, que comandava igreja em Samambaia (DF), é investigado por usar sua fama de ter “revelações que se concretizavam” para violentar as vítimas, com o pretexto de que ajudaria a “quebrar maldições”, segundo informações da Polícia Civil do Distrito Federal. Ele foi detido nesta quarta-feira (22).
Líder religioso costumava abordar os fiéis, a maioria homens, com supostas visões alarmantes de mortes nas famílias deles. Em um dos casos, o pastor teria abordado um fiel e dito que a esposa dele iria morrer. Para “quebrar a maldição” e salvar a mulher, o pastor precisaria realizar sete “unções” nas partes íntimas do fiel. Por medo de morrer, a vítima teria deixado o pastor fazer as “unções” e mantido relações sexuais com ele.
Além de abusar sexualmente, pastor também extorquia financeiramente as vítimas. Nesses casos, o suspeito agia da mesma forma, com ameaças de que algum parente iria morrer ou ficar inválido, e persuadia os fieis a realizarem “doações generosas” em dinheiro para a igreja.
Outra vítima manteve relações sexuais e bancou viagens do pastor. Conforme a investigação, uma mulher foi abusada pelo religioso e teve que arcar com as custas de uma viagem dele para o Rio de Janeiro, além de ter emprestado uma chácara para ele realizar supostas orgias com outros membros da igreja.
Pastora, de 58 anos, foi presa como cúmplice nos atos criminosos. Segundo a polícia, ela seria cúmplice e teria auxiliado nas “ameaças de castigo celestial”, além de também participar dos abusos.
Pastores vão responder pelos crimes de violação sexual mediante fraude e extorsão. Se forem condenados, as penas podem chegar a 17 anos de reclusão.
Como o pastor e a pastora não tiveram as identidades reveladas, não foi possível localizar suas defesas para pedir posicionamento. O espaço fica aberto para manifestações.
Redação / Folhapress