Patrick Dempsey cansou de romance; agora, ele quer ser o principal suspeito em filme de terror

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – “O Melhor Amigo da Noiva” (2008), “Doce Lar” (2002), “Idas e Vindas do Amor” (2010) e “O Bebê de Bridget Jones” (2016) são apenas algumas das dezenas de comédias românticas às quais Patrick Dempsey, 57, emprestou seu charme. Sem contar o papel do neurocirurgião Derek Shepherd (sim, o eterno McDreamy!) de “Grey’s Anatomy”, que ele interpretou por 11 anos.

Pois, agora, o galã quer mostrar que tem outras facetas a oferecer ao público. Em “Feriado Sangrento”, que estreou nesta semana nos cinemas brasileiros, ele vive um policial para lá de suspeito na cidade de Plymouth, no estado americano de Massachusetts. É lá que um assassino começa uma matança em pleno feriado de Ação de Graças, um dos mais importantes dos Estados Unidos.

Quer forma melhor de se afastar da fama de bom-moço adquirida com os diversos filmes mela cueca? “Ele que quis estar nesse filme, me ligou e me pediu o papel porque queria fazer um filme de terror, já que fez muitas comédias românticas”, conta o diretor Eli Roth, que recentemente esteve no Brasil para apresentar o filme na CCXP 2023, em entrevista ao F5. “Vê-lo depois de tantos desses filmes e da série é muito interessante. Dempsey está em uma fase ótima na carreira.”

A escalação é compatível com a quebra de expectativas proposta pelo cineasta, que queria que a data comemorativa do título original (“Thanksgiving”) não lembrasse em nada o clima melancólico e nostálgico do fim de ano. Menos conhecido no Brasil, o feriado de Ação de Graças é um momento em que as famílias se reúnem ao redor da mesa para partilhar uma farta refeição –e tão ou mais relevante que o Natal para os americanos.

Roth afirma que escolheu a data para tentar se distanciar de outras produções de terror. “Todas as outras datas já têm filmes próprios: Natal, Ano-Novo, Dia das Mães, Dia da Mentira…”, enumera. “Quando vimos alguns vídeos da Black Friday [que, nos EUA, ocorre na sexta-feira após o Dia de Ação de Graças], pensamos: ‘É sobre isso que vai ser o filme’.”

Ele lembra que, na verdade, a ideia nem é tão nova assim. O longa é a continuação de um trailer que o cineasta produziu para uma colaboração falsa entre Quentin Tarantino e Robert Rodriguez, em 2007. “Por anos, os fãs me importunaram [para fazer uma versão maior], e funcionou”, conta.

Conhecido principalmente pelo horror –vide “O Albergue” (2005) e “Bata Antes de Entrar” (2015)–, o cineasta comenta o que considera fundamental no gênero. “Você tem que ter uma boa trama, uma boa história, e os sustos, claro, têm que estar no topo disso”, avalia. “Desde que você tenha isso, com personagens inteligentes –ou até mesmo os idiotas, mas que estejam fazendo coisas críveis–, você consegue criar assassinos criativos.”

MARIA PAULA GIACOMELLI / Folhapress

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