SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O Corinthians deve anunciar a Esportes da Sorte como sua nova patrocinadora máster na noite desta quinta-feira (25), mas pode ter um ‘problema’. A empresa tem a letra “E” na cor verde em seu logotipo. A casa de apostas, no entanto, discute com o Timão sobre mudar o tom da sua identidade visual.
No passado, ao menos dois patrocinadores precisaram alterar suas cores para se adequarem a pedidos do clube, que evita usar qualquer detalhe que remeta ao rival Palmeiras.
CORINTHIANS VETOU VERDE EM 1998 E 2003
O primeiro caso aconteceu com a Embratel. A empresa patrocinou o Corinthians nos jogos 2 e 3 da final do Brasileirão de 1998, contra o Cruzeiro. Na ocasião, a organização quis expor a marca DDD (Discagem Direta à Distância).
Um dos “Ds” estava dentro de um círculo verde. Diante do “veto” do Corinthians, a solução foi a marca ser exposta com todas as letras dentro de círculos vermelhos.
O segundo caso aconteceu com a Pepsi. A marca patrocinou o Corinthians entre 2000 e 2004, mas em 2003 quis expor o seu novo produto, a Pepsi Twist. Em referência ao limão, ingrediente principal do lançamento, a palavra “Twist” era escrita na cor verde.
O verde virou amarelo na camisa do Corinthians. A empresa agiu rápido e modificou o logo da marca para se adequar à “política” do Corinthians de não ter nenhum detalhe na cor do seu principal rival.
ACORDO COM A ESPORTES DA SORTE
O Corinthians tem acordo próximo com a Esportes da Sorte para o patrocínio máster da camisa do clube. As tratativas duraram mais de um mês.
O anúncio deve ocorrer no intervalo da partida contra o Grêmio, e a camisa com a marca seria utilizada no segundo tempo. O espaço está vago desde que a Vai de Bet rompeu o contrato assinado no começo do ano.
O acerto com a Esportes da Sorte envolveria menos dinheiro que a Vai de Bet, mas satisfaz o Corinthians diante do contexto de polêmica com a antiga patrocinadora e também por ser meio de temporada.
A Esportes da Sorte pretende ajudar o Corinthians também na chegada de reforços. A provável parceira e o presidente Augusto Melo querem ao menos um nome de peso para movimentar o noticiário e trazer ganhos em marketing.
RENAN LISKAI / Folhapress