PF indicia 17 pessoas e detalha roubo ligado ao PCC em aeroporto do RS

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A Polícia Federal indiciou 17 pessoas por envolvimento em um mega-assalto no aeroporto de Caxias do Sul, na Serra Gaúcha, em junho deste ano. A ação contou com o envolvimento do PCC, aponta a investigação.

Membros do PCC planejaram o crime. Conforme a PF, dois integrantes da facção criminosa paulista viajaram ao Rio Grande do Sul para preparar os detalhes da ação criminosa dias antes do ataque. Os indiciados não tiveram os nomes revelados.

Reportagem do UOL revelou o envolvimento com o PCC de duas pessoas ligadas ao PCC. Um deles é Adriano Pereira de Souza, o Cigano, um dos 12 presos por participação no mega-assalto. O outro é Silvio Wilton da Costa, que morreu em confronto com os PMs em meio ao assalto de uma carga de R$ 30 milhões em ação registrada em vídeo. O sargento Fabiano Oliveira, que trocou tiros com os assaltantes, foi baleado e também morreu na ação.

Como grupo planejou o assalto, segundo a PF. A investigação indica que o grupo planejou o transporte de fuzis, armas de guerra, explosivos, roupas táticas e veículos com placas falsificadas. A quadrilha também planejou as hospedagens usadas na ação. Um dos esconderijos usados pelo grupo ficava a 170 km do local do crime.

Penas pelos crimes podem chegar a 97 anos de prisão, conforme a investigação. Os envolvidos no assalto foram indiciados por crimes como latrocínio, explosão, falsificação de identidade, adulteração veicular, usurpação de função pública, posse de arma de uso restrito, lavagem de dinheiro, organização criminosa com arma de fogo e embaraço à investigação de organização criminosa.

Também houve representação junto à Justiça Federal pelo sequestro de 19 contas bancárias e quatro imóveis. A PF irá conceder entrevista coletiva para dar detalhes da investigação hoje à tarde na Superintendência Regional da Polícia Federal em Porto Alegre, capital gaúcha.

O UOL tenta localizar a defesa dos indiciados por participação no mega-assalto, mas não encontrou os contatos dos advogados até o momento. O espaço fica aberto para manifestações.

HERCULANO BARRETO FILHO / Folhapress

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