PORTO ALEGRE, RS (FOLHAPRESS) – A Polícia Federal segue com as investigações para apurar a origem dos corpos encontrados em um barco à deriva na cidade de Bragança, no Pará.
“Até o momento, não é possível precisar o número de corpos na embarcação, nem fornecer indicativos da nacionalidade do barco e das pessoas a bordo”, disse a PF em nota nesta segunda-feira (15), dia de início das análises. A corporação trabalha com a possibilidade de que os mortos tenham origem estrangeira.
As ações de busca e resgate da embarcação começaram às 7h deste domingo (14), com participação de uma embarcação da Marinha e um bote da unidade do Corpo de Bombeiros Militar de Bragança. A operação terminou às 23h30, quando a equipe chegou no porto de Vila do Castelo, uma comunidade de pescadores na zona rural do município.
De acordo com a PF, os trabalhos de exame médico-legal e outros procedimentos serão feitos em conjunto pela equipe de peritos criminais federais da corporação no Pará e por agentes da equipe de DVI (Identificação de Vítimas de Desastres) da PF, integrada por peritos e papiloscopistas policiais federais do INC (Instituto Nacional de Criminalística) e do INI (Instituto Nacional de Identificação), ambos sediados em Brasília.
O DVI é o protocolo internacional de identificação para vítimas de desastres da Interpol e determina padrões para coleta de informações via amostras de DNA, impressões digitais, odontologia forense e sinais físicos como tatuagens ou cicatrizes, além do levantamento de informações sobre possíveis familiares das vítimas.
O barco foi encontrado por pescadores na manhã de sábado (13) próximo à ilha de Canelas. A ação de resgate teve apoio de órgãos estaduais e municipais como Polícia Militar, Polícia Científica do Estado, Guarda Municipal de Bragança, Defesa Civil Municipal e o Departamento Municipal de Mobilidade Urbana e Trânsito.
De acordo com Ubiranilson Oliveira, coordenador municipal da Defesa Civil de Bragança, o trabalho de perícia ainda não teve início até o começo da tarde desta segunda-feira.
CARLOS VILLELA / Folhapress