BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – A Polícia Federal deflagrou nesta segunda-feira (23) a segunda fase da Operação Overclean, com a prisão preventiva de quatro pessoas. A investigação mira desvios de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro a partir de emendas parlamentares, além de fraude em licitação.
De acordo com a PF, dez mandados de busca e apreensão, quatro de mandados de prisão preventiva e uma ordem de afastamento cautelar de um servidor público foram cumpridos nas cidades de Brasília, Salvador, Lauro de Freitas (BA) e Vitória da Conquista (BA).
Entre os presos estão Vidigal Cafezeiro Neto, vice-prefeito de Lauro de Freitas (BA), Lucas Dias, secretário de Mobilidade Urbana de Vitória da Conquista (BA), e o lobista Carlos André, identificado como operador do esquema.
As investigações da PF apontam que o grupo criminoso movimentou cerca de R$ 1,4 bilhão em contratos fraudulentos e obras superfaturadas.
A organização também contava com o apoio de policiais, que repassavam informações, incluindo a identificação de agentes federais envolvidos em operações sigilosas.
Além da Polícia Federal, a operação Overclean reúne o Ministério Público Federal e a CGU (Controladoria-Geral da União).
Na primeira fase da operação, no último dia 10, a PF cumpriu 43 mandados de busca e apreensão, 17 de prisão preventiva e ordens de sequestro de bens.
Entre os presos, estavam os empresários e irmãos Alex Rezende Parente e Fábio Rezende Parente, o também empresário José Marcos de Moura, conhecido como “rei do lixo”, que atuava no setor de limpeza urbana. Além de Lucas Lobão, que comandou o Dnocs (Departamento Nacional de Obras Contra as Secas) na Bahia durante o governo Jair Bolsonaro (PL).
Porém, na última quinta-feira (19), a juíza Daniele Maranhão, do TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região) revogou as prisões preventivas realizadas na primeira fase. A magistrada determinou que os suspeitos usem tornozeleira eletrônica e não mantenham contato com outros investigados.
LUCAS LEITE / Folhapress