PF prende responsáveis por desmatar e incendiar terra da União no Acre

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Polícia Federal prendeu duas pessoas em operação contra desmatamento e incêndio em terra da União, equivalente a 950 hectares, em Rio Branco, no Acre.

Além das prisões, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão. Foram apreendidas 1.100 cabeças de gado, um veículo, duas armas de fogo, entre outros itens.

“Durante o cumprimento das medidas, em um dos alvos, a equipe de policiais se deparou com uma vasta área rural, localizada em área da União, completamente devastada pelo uso recente de fogo”, afirmou a PF.

As medidas, segundo a PF, buscam não apenas identificar os responsáveis e financiadores dos crimes ambientais, mas também prevenir que novas ações criminosas sejam perpetradas na região amazônica.

Além dos policiais federais que foram mobilizados para a ação, a operação contou com o apoio de equipes da Força Nacional e da Polícia Civil de Boca do Acre.

A operação, batizada de Smoke (fumaça em inglês), faz parte do Plano Nacional de Prevenção e Combate ao Desmatamento e Queimadas.

QUEIMADAS FORAM MAIS RÁPIDAS QUE SOCORRO

Como mostrou a Folha, os 13 boletins divulgados desde o final de junho pelo Ministério do Meio Ambiente sobre a crise das queimadas mostram que a escalada do fogo no pantanal, amazônia e cerrado ocorreu em velocidade bem superior ao incremento no combate aos incêndios feito pelos governos federal, estaduais e municipais.

Segundo os documentos, de julho até agora o acumulado da área queimada no pantanal triplicou de tamanho, chegando a 2 milhões de hectares —13,4% do bioma.

Na amazônia, a área queimada mais que dobrou neste mês de setembro —11,7 milhões de hectares, ou 2,8% do bioma. O cerrado já teve 12,3 milhões de hectares queimados em 2024, o que representa 6,2% de sua área total, com aumento de quase 40% só nos últimos 15 dias.

O governo Lula cortou 18% dos recursos destinados à transição energética, de acordo com relatório do Inesc (Instituto de Estudos Socioeconômicos).

FRANCISCO LIMA NETO / Folhapress

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