RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – A alta do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro em 2021 foi revisada de 5% para 4,8%, apontam dados divulgados nesta quarta-feira (8) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O crescimento veio após um tombo de 3,3% em 2020, ano inicial da pandemia de coronavírus, que prejudicou setores dependentes da circulação de pessoas, como parte dos serviços.
Em 2021, o crescimento da economia nacional teve o estímulo da base fragilizada de comparação e do início da vacinação contra a Covid-19, que permitiu a reabertura de lojas e outras empresas.
“A retomada dos serviços presenciais paralisados em 2020, incluindo viagens e entretenimento, explica parte do crescimento. Outra parte deveu-se ao crescimento de determinados segmentos da indústria, como o de veículos e máquinas e equipamentos, e ao crescimento da construção”, disse em nota Cristiano Martins, gerente de bens e serviços de Contas Nacionais do IBGE.
A revisão do PIB é um procedimento padrão do instituto. A consolidação dos números costuma ocorrer dois anos após o período de referência no caso de 2021, em 2023.
A medida agrega novos dados do IBGE e de fontes externas, mais amplos e detalhados, na comparação com as divulgações feitas a cada três meses.
O instituto afirmou que a revisão de 2021 decorreu, principalmente, da incorporação de números sobre as atividades de serviços, disponibilizados pela PAS (Pesquisa Anual de Serviços), realizada pelo órgão.
Com isso, o crescimento dos serviços passou de 5,2% para 4,8%. Nesse setor, o destaque foi a revisão na atividade de transporte, armazenagem e correio (de 12,9% para 6,5%).
O crescimento da indústria foi atualizado para cima, de 4,8% para 5%, enquanto a agropecuária passou de 0,3% para 0%.
Segundo dados preliminares, o PIB cresceu novamente em 2022. A alta foi calculada em 2,9% e poderá ser revisada em 2024.
Para o acumulado de 2023, analistas do mercado financeiro projetam um crescimento de 2,89%, conforme a edição mais recente do boletim Focus, divulgada na segunda-feira (6) pelo BC (Banco Central). Para 2024, a estimativa é de avanço menor, de 1,5%.
LEONARDO VIECELI / Folhapress