PM atacada no 8/1 diz em CPI que nunca viu ‘tamanha agressividade’

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A policial militar Marcela Pinno, atacada por golpistas durante as invasões que destruíram as sedes dos Três Poderes, disse que este foi “um dos confrontos mais violentos” que presenciou.

Soldado à época, a PM do Distrito Federal disse que nunca esteve exposta a “tamanha agressividade” quanto o que viu naquele dia. Ela relatou em depoimento à CPMI do 8/1 que militares foram cercados por manifestantes.

“Jamais, nesses quatro anos de atuação, eu estive diante de tamanha agressividade como foi dia 8 de janeiro”, disse.

A policial disse que foi jogada de uma das cúpulas do Congresso Nacional e caiu de uma altura de 3 metros. Durante o depoimento, uma imagem do capacete dela foi exibido, e é possível ver que o equipamento de segurança ficou bastante danificado após a militar ter sido atacada com uma barra de ferro.

“Esse foi um dos confrontos mais violentos que nós tivemos. Foi corpo a corpo, praticamente, com os manifestantes.”, contou. “Havia umas 300 pessoas sobre a cúpula, e nos atacando. Mas era por volta de 20 pessoas que estavam mais violentas”, explicou.

Segundo ela, os golpistas usaram gradis, barras de ferro, e até coquetel molotov para atacar os militares. A policial também disse que tentaram desarmá-la, e que os golpistas estavam “organizados” e que “provavelmente foram orientados” a como agir.

“Um coquetel molotov bateu no meu escudo, caiu no meu pé, mas ele falhou. Fomos jogados, empurrados mesmo, do alto da cúpula. Eu caio de 3 metros de altura, e consigo retornar pelo gramado, pela lateral, para retornar para a linha de choque. É quando eu fui atacada novamente, fui puxada, e estavam me arrastando pelo escudo. Soltei o escudo para me defender melhor, quando tomei um chute, fui jogada no chão, e percebi um golpe com barra de ferro na cabeça”, afirmou.

Em maio, a policial foi promovida a cabo pelo governo do DF. Ela contou que a promoção se deu por um “ato de bravura” durante os atos de 8 de janeiro.

Redação / Folhapress

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