Polícia apura uso de drones para lançar granadas no Rio, mas diz que não há evidências

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS0 – A Polícia Civil abriu uma investigação para apurar um suposto uso de drones em confronto de traficantes na zona norte do Rio de Janeiro. O inquérito foi aberto depois que moradores denunciaram que criminosos estariam usando o equipamento para monitorar e lançar granadas em bandidos de facções rivais.

A inteligência da polícia, no entanto, afirma que “não foi identificado nenhum dado nos canais de inteligência que validasse tal ação” até o momento. Ainda segundo os investigadores, não há relato de possíveis feridos em hospitais, bem como informação em nenhuma outra fonte.

Investigadores ainda apuram a veracidade das imagens e não descartam a possibilidade de montagem. O caso é apurado pela Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos.

Imagens que circulam nas redes sociais mostram quando um drone leva uma granada, lançada perto de um ponto de venda de drogas no Complexo do Quitungo, dominado pelo Comando Vermelho. Em outro vídeo, uma mulher mostra o equipamento e afirma que o explosivo caiu na laje da casa dela.

“Tenho um filho especial. Tenho três crianças dentro da minha casa, isso é uma covardia”, disse a moradora no vídeo, que mostra um fio branco que teria sido usado para segurar a granada durante o voo do drone.

Outras imagens compartilhadas na internet mostram traficantes do Complexo de Israel, que é controlado pelo rival Terceiro Comando Puro, monitorando a comunidade. Na gravação, é possível ver quando o equipamento passa bem próximo à Estrela de Davi –símbolo da comunidade, que fica na Cidade Alta.

Na segunda-feira (8), comunidades controladas pelo TCP foram alvo de operação da Polícia Militar. A ação, segundo a PM, tinha objetivo de “reprimir o crime organizado local e todas as suas modalidades de atuação, assim como também prender os envolvidos e apreender todo e qualquer material ilícito”.

Diversas barricadas foram removidas das vias na operação, que terminou sem presos e apreensões.

ALÉXIA SOUSA / Folhapress

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