RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – A Polícia Civil de Minas Gerais informou nesta terça-feira (24) que liberou para familiares 11 dos 41 corpos de vítimas do acidente na BR-116, em Teófilo Otoni (MG), o mais fatal numa rodovia federal desde o início da série histórica da PRF (Polícia Rodoviária Federal), iniciada em 2007.
De acordo com o órgão, o IML mineiro já fez a identificação oficial de 14 vítimas. A empresa de ônibus Emtram, responsável pelo ônibus envolvido na colisão, já havia divulgado o nome de 39 pessoas mortas no acidente que estavam no coletivo. A batida também envolveu um caminhão e um automóvel.
“A Polícia Civil de Minas Gerais trabalha com celeridade para a identificação dos corpos. Ainda não é possível precisar quanto tempo esse processo levará, em razão da complexidade dos exames realizados. As investigações sobre o caso continuam, e mais informações sobre o inquérito policial serão fornecidas em momento oportuno”, afirmou a Polícia Civil, em nota.
Informações preliminares da Polícia Rodoviária Federal apontam que um grande bloco de granito se soltou da carroceria da carreta e atingiu o ônibus que seguia na rodovia, em sentido contrário. Logo após o impacto da pedra com o ônibus ocorreu um grande incêndio.
“Segundo o levantamento das notas fiscais, é possível atestar, de maneira preliminar, que havia excesso de peso no transporte da pedra, indicativo que, se comprovado, pode incorrer em responsabilidade criminal do condutor da carreta”, declarou a Polícia Civil mineira, em nota.
O motorista do caminhão apresentou-se na tarde desta segunda-feira (23) à polícia, foi ouvido na companhia de advogados, e liberado. Ele teria fugido após o acidente e era considerado foragido desde então. A identidade dele não foi revelada pelas autoridades.
“Uma vez que a representação pela prisão preventiva do suspeito, formulado pela PC, foi indeferida pela Justiça, e que não estavam mais configuradas as hipóteses taxativas de prisão em flagrante, o motorista foi liberado”, justificou a polícia, em nota divulgada na noite desta segunda.
De acordo com a Polícia Civil, ele estava com o direito de dirigir suspenso, possivelmente por causa da apreensão da carteira dele em 2022 durante blitz da Lei Seca em Mantena, no norte de Minas, quando se recusou a fazer o teste do bafômetro.
O ônibus fazia uma viagem entre São Paulo e Bahia. Já o caminhão estava no trecho entre Ceará e Espírito Santo.
Redação / Folhapress