SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Polícia Civil pediu à Justiça a prisão temporária do suspeito flagrado por câmera de monitoramento abandonando o carro da professora Fernanda Reinecke Bonin, 42, na rua Ricardo Moretti, na região do autódromo de Interlagos, zona sul de São Paulo.
“Durante as apurações, os investigadores localizaram uma impressão digital parcial no veículo da vítima, que está sendo analisada. A prisão temporária do suspeito foi solicitada à Justiça, que está deliberando o pedido”, afirmou a SSP (Secretaria da Segurança Pública).
A identidade do homem não foi divulgada.
Imagens de câmeras de segurança também são examinadas e as investigações prosseguem para esclarecer o crime. O caso é investigado pelo DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa).
O veículo da vítima, um Hyundai Tucson, foi encontrado no sábado (3). Dentro, havia uma faca e um celular.
Uma câmera de segurança registrou quando um casal abandonou o carro da professora, em 27 de abril, mesmo dia em que ela desapareceu.
O corpo de Bonin foi localizado na manhã de segunda-feira (28) com um cadarço enrolado no pescoço, na avenida João Paulo da Silva, na Vila da Paz.
O caso é investigado pelo DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa). O caso foi registrado inicialmente como latrocínio (roubo seguido de morte), mas os agentes também trabalham com a hipótese de homicídio.
Segundo o boletim de ocorrência, a mulher da professora, a veterinária Fernanda Loureiro Fazio, 45, declarou em depoimento que as duas estavam em fase de reconciliação e não moravam juntas.
O casal estava junto havia oito anos entre idas e vindas e tem dois filhos. Elas faziam terapia de casal para que o retorno do relacionamento, afirmou a veterinária.
Na tarde de domingo (27), de acordo com o boletim de ocorrência, Fazio estava levando as crianças para sua casa, já que na segunda-feira (28) era a responsável por deixa-las na escola.
Mas a veterinária disse que o carro teve problemas na marcha. Por isso, teria pedido ajuda à Bonin, que saiu de casa sozinha. Passados 30 minutos, ela não chegou ao local combinado.
A marcha do carro da veterinária voltou a engatar e ela foi até o condomínio da professora, mas o porteiro não soube dar informações se ela tinha saído ou não.
No dia seguinte, como Bonin não apareceu no trabalho, a veterinária acionou a Polícia Militar e passou a procurá-la em hospitais. De volta ao condomínio, conseguiu imagens que mostram a professora saindo sozinha.
FRANCISCO LIMA NETO / Folhapress