SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Polícia Civil de São Paulo descartou que Carlos Alberto Felice, 77, encontrado morto na noite de terça-feira (16) na garagem de sua casa no Jardim Europa, área nobre da zona oeste da capital, tivesse R$ 3,5 milhões em dinheiro guardado no imóvel.
Segundo o boletim de ocorrência, Felice teve os pés e as mãos amarrados com fio elétrico. Ele também tinha sinas de violência na cabeça. Ainda não há informações sobre quando a morte ocorreu.
O valor havia sido mencionado por um sobrinho de Felice durante o registro do boletim de ocorrência.
Segundo o relato do sobrinho, enquanto estava na rua tentado falar com o tio um homem se aproximou e disse ser amigo de Felice há mais de 30 anos. O homem, que não se identificou, contou que a vítima havia vendido a casa e que estaria com um “bom dinheiro lá dentro”.
O sobrinho havia ido até o local após sua mãe, irmã da vítima, ter recebido de um amigo a informação de que o Felice não tinha ido à igreja. O amigo teria tentado contato com Felice por telefone, sem sucesso.
O sobrinho ligou para o advogado de Felice, que confirmou a versão do suposto amigo. De acordo com o advogado, Felice estaria com cerca de R$ 3,5 milhões em dinheiro dentro de casa.
Felice era viúvo havia aproximadamente três anos e não tinha filhos. Ainda de acordo com o boletim de ocorrência, ele possuía dívidas.
Um policial civil do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) confirmou a venda do imóvel por R$ 4,5 milhões, mas disse que Felice havia recebido apenas R$ 350 mil pela transação, valor que teria sido depositado no ano passado. O restante só seria pago depois que Felice quitasse dívidas de IPTU, por exemplo, ainda segundo o policial.
A vítima tinha um Hyundai I30 que não estava na garagem e ainda não foi localizado. A Polícia Militar emitiu um alerta no projeto Radar na tentativa de rastrear o automóvel.
O imóvel não possui câmeras de segurança. Um vigia da rua afirmou ter visto Felice sair e voltar de carro no último dia 11.
PAULO EDUARDO DIAS / Folhapress