RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – A Polícia Militar de São Paulo encontrou na quarta-feira (28) o corpo de Giovana Pereira Caetano de Almeida, 17, que estava desaparecida desde dezembro de 2023.
O corpo foi encontrado em uma fazenda na área rural de Nova Granada, município perto de São José do Rio Preto e a cerca de 870 km de São Paulo.
Segundo a polícia, o corpo estava enterrado e em estado de decomposição. A Polícia Militar foi ao local após receber denúncia sobre o encontro de um cadáver.
A fazenda pertence a Gleison Luiz Menegildo, empresário de criação de gado que foi preso em flagrante ao lado do caseiro, Cleber Danilo Partezani. Na delegacia, ambos assumiram a ocultação do cadáver e foram liberados após fiança.
Menegildo disse em depoimento à polícia que Giovana passou mal em uma festa na sede da empresa dele, em São José do Rio Preto. Ele afirmou ter ficado nervoso com a situação, levado o corpo de carro para Nova Granada e o enterrado na fazenda com ajuda de Partezani.
O inquérito foi registrado na delegacia de Nova Granada e depois encaminhado à delegacia de São José do Rio Preto, que seguirá a investigação.
A polícia solicitou perícia no local e exames no IML (Instituto Médico Legal). O caso foi registrado como morte suspeita e destruição, subtração ou ocultação de cadáver.
Procurada, a defesa de Menegildo, representada pelo advogado Carlos Sereno, disse que a adolescente e o dono da fazenda se conheceram em um aplicativo de relacionamento, marcaram um encontro na empresa de Menegildo, em São José do Rio Preto, e tiveram relações sexuais.
Em um novo encontro, segundo o advogado, Giovana teria realizado uma entrevista de emprego na empresa.
No local havia uma confraternização e a adolescente teria ficado na festa após a entrevista. Na versão da defesa, Giovana passou mal e morreu após beber e usar drogas com o empresário. A morte teria ocorrido no dia 21 de dezembro de 2023.
“Ela chegou para fazer a bendita entrevista e ocorria uma festa de confraternização, onde ela consumiu excessivamente bebidas alcoólicas e também cocaína e maconha, o que a levou ao óbito por mal súbito. Esses fatos serão comprovados pela defesa através do laudo necroscópico”, afirma Sereno.
“Na época dos fatos, ele estava como dependente químico de cocaína e no desespero acabou fazendo essa grande besteira”, diz o advogado, sobre a ocultação do cadáver. “Mas ele assumiu e se colocou à disposição da Justiça para pagar pelo que fez.”
YURI EIRAS / Folhapress