SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Polícia Civil identificou o local onde o helicóptero que desapareceu no último dia 31 de dezembro com destino a Ilhabela, no litoral norte, fez um pouso ao ser encoberto por uma intensa neblina antes de sumir. O ponto foi localizado no último sábado (6) e fica às margens de uma represa em Paraibuna, no Vale da Paraíba.
A informação foi confirmada pelo delegado Clemente Calvo Castilho Júnior, da Divisão de Operações Especiais do SAT (Serviço Aerotático) da Polícia Civil, em entrevista ao programa CBN São Paulo, nesta segunda-feira (8).
“Houve uma descoberta que a gente reputa como importante que é o local onde uma das passageiras posta uma imagem, que é o local do pouso. Esse local de pouso é bastante importante na dinâmica do que aconteceu, até depois para a investigação aeronáutica do acidente”, disse Júnior.
Na mesma região, a Polícia Civil montou um central de monitoramento com equipes e equipamentos.
“A gente está cobrindo, a partir daí, as imagens da represa de Paraibuna e dividindo com as outras forças que estão igualmente empenhadas nas buscas”, disse o delegado.
Júnior, no entanto, explicou durante a entrevista que não é possível afirmar que o pouso tenha sido forçado. Segundo sua avaliação, o piloto deve ter tentado esperar por uma condição meteorológica melhor. E que encontrar o local do pouso é uma primeira tentativa de reconstruir a trajetória e o histórico do voo da aeronave.
O delegado também afirmou que as equipes conversaram com caseiros, moradores de chácaras e pesqueiro para colher informações que possam auxiliar na localização da aeronave.
BUSCAS COMPLETAM OITO DIAS
As buscas pelo helicóptero desaparecido completam oito dias nesta segunda. A procura é feita com helicópteros e aviões da FAB (Força Aérea Brasileira), Polícia Militar e Polícia Civil.
Até o momento não há informações sobre a possível localização da aeronave e dos tripulantes.
Estão desaparecidos o empresário Raphael Torres, 41, a vendedora de roupas Luciana Marley Rodzewics Santos, 46, a filha dela, Letícia Ayumi Rodzewics Sakumoto, 20, e o piloto Cassiano Tete Teodoro.
O celular de Luciana parou de emitir sinais às 22h14 do dia 1º de janeiro, dia seguinte ao desaparecimento.
A informação foi passada pelo delegado Paulo Sérgio Pilz no sábado (6), em entrevista ao programa Brasil Urgente, da TV Band, ao ser questionado sobre a possibilidade de a aeronave ter caído na água.
“Não podemos descartar nada, mas se o telefone da Luciana ficou funcionando até o dia 1, às 22h14, que estávamos monitorando, ele ficou fora da água. Na água ele não iria transmitir [sinal]”, afirmou à TV.
FRANCISCO LIMA NETO / Folhapress