Polícia indicia motorista do Posche e pede prisão preventiva pela 3ª vez

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A Polícia Civil de São Paulo concluiu as investigações do acidente envolvendo uma Porsche que deixou um motorista de aplicativo morto em São Paulo e pediu, mais uma vez, a prisão preventiva do motorista.

Pedido de prisão de Fernando Sastre de Andrade Filho foi enviado à Justiça de São Paulo na quarta-feira (24). A informação foi confirmada ao UOL pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo. O órgão não detalhou por quais crimes Fernando foi indiciado.

O Tribunal de Justiça de São Paulo informou que o caso tramita sob segredo de Justiça. O UOL aguarda retorno sobre o assunto.

Esta não é a primeira vez que a polícia pede a prisão de Fernando. Um pedido de prisão temporária feito após o acidente foi negado pela Justiça de São Paulo no começo de abril.

A defesa de Fernando Sastre Filho foi procurada e não se manifestou até o momento. O espaço segue aberto para manifestação.

Fernando Sastre bateu Porsche contra veículo do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana em 31 de março. O acidente ocorreu na avenida Salim Farah Maluf e Ornaldo morreu na hora.

Carro do empresário estava a mais de 150 km/h. A informação é do Ministério Público. Testemunhas já tinham contado à polícia que Fernando fez uma ultrapassagem em alta velocidade — o limite de velocidade na via é de 50 km/h — perdeu o controle e colidiu com traseira de um Sandero.

Fernando Sastre foi liberado da delegacia na noite de segunda-feira (1º) após prestar depoimento. Ele se apresentou à polícia 38 horas após ter deixado o local do acidente. “Ele falou só o básico para não se culpar”, afirmou o delegado Nelson Vinicius Alves, acrescentando que Fernando estava frio e tranquilo durante o depoimento.

O condutor do Porsche foi indiciado por homicídio doloso – quando há intenção ou se assume o risco de matar. Ele também deve responder por fuga do local do acidente e lesão corporal, em razão dos ferimentos sofridos pelo passageiro que estava com ele. Inicialmente, o caso havia sido registrado como homicídio culposo (quando não há intenção de matar).

Defesa de Fernando diz ser “prematuro” julgar as causas do acidente. Em nota, os advogados Carine Acardo Garcia e Merhy Daychoum defendem que suposições não devem ser realizadas, já que os laudos periciais não foram concluídos, e afirmam que o homem não fugiu do local do acidente.

Redação / Folhapress

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