SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Polícia Civil investiga dois jogadores do Corinthians após uma confusão em um condomínio em Arujá, na Grande São Paulo, na madrugada desta quarta-feira (3).
A briga teve início após o motorista de um veículo Ram Classic Laramie bater a traseira do automóvel contra o portão de uma residência. O carro está em nome do atacante Pedro Henrique Konzen Medina da Silva, 34. Segundo a polícia, era Pedro Henrique quem conduzia o veículo.
Um vídeo mostra o carro deixando o local depois da batida. O proprietário do imóvel, ao escutar o barulho, sai à rua para saber o que havia acontecido. Em seguida o veículo retorna ao ponto da batida escoltado por vigilantes patrimoniais.
Pouco depois, outro jogador do Corinthians, o goleiro Carlos Miguel, 25, aparece na imagem. Segundo os investigadores, ele teria tentado intermediar a situação com o dono da casa, um advogado.
De acordo com o delegado Jaime Pimentel Filho, o dono do imóvel disse ter sido ameaçado por Carlos Miguel.
Ainda no condomínio, um homem que se apresentou como advogado dos jogadores chega e pede para que os atletas fossem embora que ele resolveria a questão. O homem foi identificado como Mauricio Junior Da Hora.
Na sequência, ambos os advogados foram conduzidos para a delegacia, onde apresentaram suas versões. Ainda segundo o delegado, o dono do imóvel afirmou que o condutor estaria “totalmente embriagado” e por isso pediu a chave do veículo, que lhe foi entregue. O motorista então disse que seus amigos, que seriam jogadores do Corinthians, estariam chegando.
Ainda conforme a versão do dono da casa, os atletas proferiram “palavras de baixo calão” e o ameaçaram, o que o levou a acionar a PM. Ele também relatou ter sido ameaçado por Da Hora.
Da Hora, por sua vez, disse na delegacia que foi chamado por seu cliente para um acidente de trânsito sem vítima. Ele afirmou “que tentou entrar em acordo no local, porém o proprietário da casa estava muito alterado e dizia ser lutador de artes marciais” e por isso achou melhor retirar seu cliente do local.
O advogado do jogador também disse ter sido agredido pelo dono da casa. Afirmou ainda que ele teria pedido R$ 10 mil para arcar com os prejuízos causados pela batida.
De acordo com o delegado, o atacante Pedro Henrique é investigado por embriaguez ao volante e fuga do local de crime, e Carlos Miguel é investigado por ameaça. A reportagem não conseguiu contato com o advogado dos jogadores.
“Esta minha barbeiragem está dando o que falar”, escreveu Pedro Henrique no story de seu perfil no Instagram. Na mesma publicação, o atacante ainda disse que seu advogado está “cuidando dos detalhes do incidente” e que ele está “com foco total no jogo de amanhã”.
O Corinthians afirmou que Pedro Henrique se apresentou nos horários determinados, cumpriu suas obrigações como atleta e está concentrado para a partida desta quinta-feira (4) contra o Vitória. Disse, ainda, que Carlos Miguel não é mais jogador do clube -o nome dele, no entanto, segue no cadastro da CBF como atleta do Corinthians.
PAULO EDUARDO DIAS / Folhapress