SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A candidata à vereadora em São Paulo Léo Áquilla, 54, disse ter sofrido ataque a tiros na noite desta quinta-feira (26) em São Paulo. O carro em que ela estava teria sido alvo de tiros disparado por um homem em uma motocicleta. A polícia investiga o caso.
Ela não ficou ferida. Mulher trans, Léo é ex-coordenadora de Políticas LGBT da Prefeitura de São Paulo e candidata pelo MDB.
Segundo, Léo, o ataque aconteceu na rodovia Presidente Dutra, altura do Parque Novo Mundo, na zona norte da capital.
“A vítima de 54 anos, candidata a vereadora na capital, relatou que estava em um veículo, quando um homem em uma moto simulou uma colisão. Após a vítima descer do carro, o suspeito retornou e efetuou disparos em sua direção, fugindo em seguida”, afirmou a SSP (Secretaria da Segurança Pública).
O veículo ficou com marcas dos disparos e teve um vidro quebrado.
Em entrevista à TV Globo, Léo contou como o ataque ocorreu.
“Passou uma moto por mim, pelo lado direito e bateu no meu retrovisor e parou no acostamento. Eu levei um susto. Parei imediatamente para prestar socorro. Ele veio no acostamento, na contramão, em direção ao meu carro. Quando chegou perto do meu carro ele começou a acelerar, aquela aceleração ensurdecedora, e eu vi um movimento de sacar uma arma. Quando me abaixei ele deu o primeiro tiro, que estourou o vidro do meu carro”, relatou.
Ela disse que vem sofrendo ameaças em razão de sua atuação política em defesa da população LGBTQIA+.
“Tenho recebido muitas ameaças porque eu combato mesmo transfobia, eu combato LGBTfobia, eu defendo mesmo a comunidade e aí eu vivo recebendo ameaças. Eu já pedi para que as autoridades me dessem escolta. Ninguém acreditou em mim. Estão esperando o quê? Que realmente me matem como quase aconteceu hoje?”, questionou.
A candidata não informou a quem teria solicitado a proteção policial nem quando esse pedido foi feito.
A SSP destacou que a candidata e seu assessor não ficaram feridos. A perícia foi acionada e o caso registrado como tentativa de homicídio no 73° Distrito Policial (Jaçanã) e diligências são realizadas para identificar o autor.
FRANCISCO LIMA NETO / Folhapress