RECIFE, PE (FOLHAPRESS) – A polícia da Holanda deteve neste domingo (10), no centro de Amsterdã, vários manifestantes pró- Palestina que se reuniram apesar da proibição da realização de manifestações após o confronto envolvendo torcedores que deixou cinco pessoas feridas na quinta-feira (7).
Centenas de manifestantes desafiaram a determinação da prefeitura e se reuniram na praça Dam, na capital holandesa, entoando exigências pelo fim da violência na Faixa de Gaza e pedindo “Palestina Livre”.
Após um tribunal local confirmar a proibição das autoridades da cidade, a polícia interveio, instruindo os manifestantes a sair. Várias pessoas foram arrastadas pela polícia.
A proibição de três dias foi imposta a partir de sexta-feira (8), depois que torcedores de futebol israelenses foram atacados após uma partida de futebol entre o time Maccabi Tel Aviv e o holandês Ajax. Na ocasião, torcedores israelenses foram agredidos por grupos que a prefeita de Amsterdã, Femke Halsema, descreveu como antissemitas.
Israel chegou a enviar aviões comerciais para a Holanda para resgatar os cidadãos que estavam no país para o jogo.
Os promotores responsáveis pelo caso disseram no sábado que quatro suspeitos permaneciam presos sob suspeita de atos violentos, incluindo dois menores. Além disso, 40 pessoas foram multadas por perturbação pública, e dez por infrações, incluindo vandalismo.
Antes dos incidentes de quinta-feira, torcedores israelenses arrancaram bandeiras palestinas de prédios de Amsterdã e entoaram canções contra árabes –um vídeo mostrou torcedores do Maccabi cantando “deixe o Exército de Israel vencer, vamos ferrar os árabes”.
O chefe de polícia local, Olivier Dutilh, disse neste domingo que a proibição de manifestações ainda era necessária porque incidentes antissemitas também foram relatados na noite de sábado.
Dutilh disse ao tribunal que confirmou a proibição temporária que pessoas foram expulsas de táxis e intimidadas por outras que pediam para ver seus passaportes nas ruas.
Assim como no resto do mundo, a Holanda tem visto um aumento nos incidentes antissemitas desde o início da guerra Israel-Hamas, em outubro de 2023.
Enquanto isso, a França anunciou a mobilização de 4.000 policiais durante o jogo entre as seleções de futebol da França e de Israel no Stade de France, em Saint-Denis, nos arredores de Paris. O efetivo vai contemplar as áreas externa e interna do estádio, além do transporte público e de ruas das cidades.
O jogo é válido pela Liga das Nações da Europa e acontecerá na quinta-feira (14), uma semana depois do confronto em Amsterdã.
A segurança da delegação israelense será fornecida pela unidade de elite da polícia francesa. A partida é considerada como de alto risco pelas autoridades locais em meio ao contexto político internacional.
Redação / Folhapress