SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – As polícias Civil e Militar seguem à procura de dois homens suspeitos de terem participado da morte do delegado Mauro Guimarães Soares, 59, durante uma tentativa de roubo na Lapa, zona oeste de São Paulo, na manhã de sábado (21).
Soares estava na polícia havia 35 anos. Ele e sua mulher caminhavam na rua Caio Graco quando foram abordados por um homem que desceu de uma moto. O delegado, que integrava o Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais), chegou a trocar tiros com o motoqueiro e foi baleado. A mulher, que também é policial, não ficou ferida.
A Polícia Civil trabalha com a hipótese de envolvimento de três criminosos na ação. Um deles foi preso após ser ferido pelo delegado. Ele continua internado em um hospital na zona oeste, sob escolta policial.
A polícia possui imagens de ao menos um dos suspeitos. As investigações apontam que os criminosos queriam roubar a correntinha usada por Soares. Apuração é tocada pelo departamento em que ele atuava.
Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o preso, identificado como Enzo Vagner Lima Campos, 24, em um leito de hospital. Ele chega a conversar com policiais e diz o primeiro nome do homem que o acompanhava na ocasião. Segundo Campos, eles teriam se conhecido em Barueri, município na Grande São Paulo.
Conforme a SSP (Secretaria da Segurança Pública), Campos foi indiciado por latrocínio –roubo seguido de morte.
Gilson Alves, chef de cozinha em uma hamburgueria ao lado de onde ocorreu o crime, disse que estava trabalhando quando ouviu os disparos, seguidos de pedidos de socorro.
Ele ligou para a polícia e correu até o 7º DP (Lapa), que fica a uma quadra do local. A delegacia estava fechada, mas ele encontrou no caminho um policial que o ajudou a prestar os primeiros socorros.
O carro de Alves estava parado em frente ao restaurante e foi atingido por um dos disparos.
Comerciantes do local afirmam que a segurança piorou muito nas últimas semanas na região. Outro assalto ocorreu na mesma quadra há menos de uma semana, segundo eles.
“Aqui era um lugar tão tranquilo, mas de uns tempos para cá está muito perigoso. Os ladrões assaltam a qualquer momento, de dia e de noite” afirmou Alves.
Segundo a SSP (Secretaria da Segurança Pública), o criminoso já havia sido “preso em flagrante quatro vezes por crimes de roubos patrimoniais com uso de arma de fogo, inclusive, tinha sido condenado o ano passado e cumpria medida cautelar nas ruas”.
PAULO EDUARDO DIAS / Folhapress
