RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Um policial militar foi morto em uma operação realizada na manhã desta quarta-feira (27) em comunidades da zona norte do Rio de Janeiro.
Pelo menos outros dois policiais e três homens apontados como suspeitos pela Polícia Militar ficaram feridos na ação, que seguia em andamento pouco depois das 10h30.
De acordo com a corporação, o 16° BPM (Batalhão de Polícia Militar) e unidades subordinadas ao 1° CPA (Comando de Policiamento de Área) realizam a operação nas comunidades Parada de Lucas, Vigário Geral, 5 Bocas, Pica-Pau e Cidade Alta.
O objetivo, diz a polícia, é a repressão de roubo de cargas e veículos. Os agentes também verificam denúncias a respeito de uma possível reunião de criminosos.
A situação afetou a circulação de trens e assustou passageiros. Imagens publicadas nas redes sociais mostram pessoas deitadas no chão de vagões para tentar se proteger.
Em nota, a Polícia Militar disse que, logo no início da operação, uma equipe em patrulhamento foi atacada por criminosos armados. Nesse momento, um policial foi baleado de raspão e levado para o Hospital Getúlio Vargas.
Um segundo agente foi atingido na cabeça e levado para a mesma unidade de saúde, mas não resistiu aos ferimentos. Na rede social X, antigo Twitter, a Polícia Militar lamentou a morte do agente, identificado como sargento Leonardo Maciel da Rocha. Ele era lotado no 3° BPM (Méier), que dava apoio à ação.
No curso da operação, um terceiro policial foi ferido em patrulhamento. Ele também foi levado para o hospital. O agente passa por atendimento e não corre risco de morte, afirmou a Polícia Militar.
De acordo com a corporação, três suspeitos foram feridos em um confronto em Vigário Geral. Eles foram encaminhados para atendimento médico.
A corporação diz que apreendeu quatro armas de guerra (fuzis) com o grupo. A polícia não divulgou informações sobre o estado de saúde do trio.
Com o caso desta quarta, a região metropolitana do Rio de Janeiro soma 135 agentes de segurança baleados em 2023, segundo o Instituto Fogo Cruzado. Desse total, 60 morreram e 75 ficaram feridos, aponta o levantamento.
Em meio à operação policial desta manhã, a concessionária de trens urbanos SuperVia afirmou por volta das 10h que o ramal Saracuruna funcionava apenas no trecho entre Central do Brasil e Penha, com intervalo de 30 minutos. Entre Saracuruna e Penha Circular, não havia circulação, e as estações estavam fechadas para embarque e desembarque.
“A concessionária lamenta o ocorrido, mas reforça que a segurança é uma prioridade para os clientes e os colaboradores. A SuperVia segue avaliando os impactos operacionais para o pleno restabelecimento do sistema”, diz a nota.
Redação / Folhapress