SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Os estados do Rio Grande do Sul e de São Paulo trocam informações para tentar acelerar a identificação dos corpos das vítimas da queda do avião em Gramado, na manhã deste domingo (22).
O impacto da colisão seguida de explosão danificou os corpos, dificultando a identificação feita de maneira mais simples. A tendência é de que o reconhecimento seja realizado por meio de exames de DNA ou arcada dentária, situação comum em desastres semelhantes.
De acordo com o delegado Gustavo Barcellos, responsável pela investigação, os trabalhos estão adiantados.
“A gente está em contato com a polícia de São Paulo, com a perícia de São Paulo. Também já há o encaminhamento dos familiares para coleta do material genético para a confrontação com o material das vítimas. Tudo isso já está sendo feito”, disse para a Folha.
Já se sabe que entre os mortos estão o empresário e piloto Luiz Claudio Galeazzi, 61, dono da aeronave, o diretor da Galeazzi & Associados Bruno Cardoso Munhoz Guimarães, e a esposa dele, Veridiana Natucci Niro.
A esposa de Galeazzi, três filhas do casal e a sogra do empresário também estavam no voo. Assim como dois filhos de Guimarães e Veridiana.
Todos eram de São Paulo, conforme a polícia gaúcha. O grupo, que retornava de um passeio, embarcou no aeroporto de Canela (RS) e tinha como destino a cidade de Jundiaí, interior de São Paulo.
A queda da aeronave ocorreu em uma área próxima à avenida das Hortênsias, a menos de dois quilômetros do centro do município, que é conhecido pelo turismo, especialmente na época do Natal.
Outras 17 pessoas que estavam em solo precisaram ser levadas a hospitais da região, a maioria por inalar fumaça. No início da tarde, cinco já tinham sido liberadas. Mas, duas mulheres ficaram em estado grave, com grau de queimaduras mais severo. Uma delas precisou ser transferida para um hospital em Porto Alegre.
De acordo com o Governo do Rio Grande do Sul, a aeronave bateu contra a chaminé de um prédio em construção, atingiu o segundo andar de uma casa e também uma loja de móveis, que estava vazia. Destroços ainda atingiram parte de um hotel.
A maioria das 17 vítimas estava hospedada nesse hotel.
As causas do acidente serão investigadas pelo Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos). Também haverá uma investigação da Polícia Civil, sobre as circunstâncias que envolvem o episódio.
OUTRO CASO
Em cooperação semelhante, policiais civis paulistas localizaram e encaminharam 32 fichas de identificação de pessoas que estavam em um ônibus que bateu e explodiu no sábado (21) na BR-116 em Teófilo Otoni (MG). O ônibus que saiu da rodoviária do Tietê, na zona norte de São Paulo, tinha como destino Elísio Medrado (BA).
De acordo com o governo, 41 corpos foram resgatados no local da tragédia. O acidente envolveu o ônibus, uma carreta e um carro.
PAULO EDUARDO DIAS / Folhapress