SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A porta que se desprendeu de um avião em pleno voo nos EUA pode não ter sido parafusada.
Quatro parafusos que deveriam segurar a porta do Boeing da Alaska Airlines não foram encontrados, o que pode indicar que eles sequer foram instalados. A hipótese foi levantada por investigadores do Conselho Nacional de Segurança nos Transportes (NTSB, na sigla em inglês).
Investigadores também trabalham com a possibilidade de que os parafusos foram sugados para fora do avião. A porta, encontrada no quintal de uma casa em Portland, será enviada a um laboratório para testes.
No avião da Boeing 737 Max 9, modelo envolvido no incidente, a porta é mantida no lugar por um sistema de travamento e possuiu um conjunto de parafusos que evitam que a porta se mova para cima. De alguma forma, a porta do voo Alaska 1282 subiu, afirmou Clint Crookshanks, engenheiro do NTSB, em entrevista à imprensa.
Nesta segunda-feira (8), a United Airlines disse que encontrou parafusos soltos em portas de seus aviões Boeing 737 Max 9. “Precisavam de um aperto adicional”.
A Agência Federal de Aviação dos EUA suspendeu temporariamente os voos de alguns aviões 737 Max 9 da Boeing. As autoridades consideraram que as aeronaves precisariam passar por uma manutenção técnica para garantir a segurança dos aviões.
“Ainda não recuperamos os quatro parafusos que impedem o movimento vertical, e ainda sabemos se eles estavam lá”, disse Clint Crookshanks, da NTSB.
AVIÃO VOOU 20 MINUTOS SEM PORTA
A porta se desprendeu do avião da Alaska Airlines na noite de sexta-feira (5) minutos após a decolagem. O voo 1282 saiu do Aeroporto Internacional de Portland com destino a Ontário, na Califórnia.
O voo ficou cerca de 20 minutos no ar após a explosão, o que causou a despressurização da cabine. Máscaras de oxigênio foram liberadas e o avião retornou ao aeroporto em segurança após a tripulação relatar o incidente.
Ninguém ficou ferido. O voo tinha 174 passageiros e seis tripulantes, informou a Alaska Airlines.
Redação / Folhapress