SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A frente fria que chegou ao Rio Grande do Sul nesta terça-feira (14) fez a temperatura bater o recorde de mínima do ano em todo o estado. No entanto, nesta quarta (15), a tendência é ter marcas ainda menores, com novos recordes.
Segundo os dados do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), a região metropolitana de Porto Alegre deve ter a mínima de 7°C durante a manhã, não superando os 15°C à tarde. Nesta segunda, as marcas ficaram entre 10°C e 16°C.
Como a frente fria trouxe uma massa de ar polar seco, o céu ficará ensolarado, com poucas nuvens, mas o clima será gelado, sendo um estorvo para as equipes de resgate e voluntários que precisam enfrentar as enchentes na capital gaúcha.
Esse frio intenso chega ao estado que tem mais de 267 mil lares sem energia e quase 160 mil sem abastecimento de água, e as baixas temperaturas agravam a situação de milhares de pessoas que estão alocadas em abrigos provisórios. Segundo a Defesa Civil, mais de 530 mil pessoas estão desalojadas e quase 80 mil estão em abrigos públicos.
Além da Grande Porto Alegre, o frio também deverá bater recordes na serra gaúcha e no sul do estado, além da serra catarinense. O Inmet diz que alguns municípios dessas regiões devem registrar temperaturas mínimas negativas e geada, que é a formação de uma camada de cristais de gelo sobre plantas e outras superfícies.
Nesta terça, a cidade de Quaraí, na divisa com o Uruguai, teve a mínima de 1,8°C. Já os municípios de Bagé, Canguçu, Dom Pedrito e Caçapava do Sul ficaram abaixo dos 4ºC.
“Na quarta, por sua vez, os ventos diminuem de intensidade e o frio aumenta. Neste dia, a previsão indica a formação de geada em grande parte do Rio Grande do Sul, principalmente na região serrana e metade sul, incluindo a campanha gaúcha”, informa o boletim do Inmet.
PREVISÃO DO TEMPO
Entre quinta (16) e sexta-feira (17), a previsão indica o retorno da chuva no estado, porém, sem volumes expressivos, a princípio. Isso ocorre devido à passagem de um novo sistema frontal, que provocará volumes de chuvas que podem vir acompanhadas de trovoadas e rajadas de vento na região, especialmente em Santa Catarina e Rio Grande do Sul, diz o Inmet.
O instituto reforça que, devido à situação das cheias e ao solo encharcado em diversos municípios do estado gaúcho, qualquer volume de chuva merece atenção neste momento.
CLAUDINEI QUEIROZ / Folhapress